Outro dia falamos nas cidades que cultuam seus filhos ilustres. Mas existem também notáveis que cultuam a memória, o exemplo e o legado dos pais famosos.
Claro que o exemplo maior é da Família Imperial Brasileira, os Orleans e Bragança, que cultuam os seus maiores, como a Princesa Isabel e D. Pedro II.
Na comunicação, na presença marcante no rádio e TV, Chacrinha tem no filho Leleco um permanente cultor da obra. Flavio Cavalcante pioneirismo no júri para cantores na TV, tem no filho, de mesmo nome, não só um cultor, mas um continuador na área, diretor que foi do SBT em Brasília, da revista Manchete, na Bahia, e executivo da ABERT. Flávio Cavalcanti Jr. vai entrar na política. onde o pai fazia e desfazia referências a partir de seus programas. Foram muitos.
No setor empresarial, existem famílias que seguem o legado das gerações anteriores com justificado culto aos compromissos éticos e sociais dos fundadores, como é o caso da Klabin, gigante do papel e celulose no Brasil e os maiores plantadores de pinus do mundo.O ex-ministro Ronaldo Costa Couto escreveu notável livro A SAGA DOS KLABIN , que é exemplo para os novos empresários e empresas familiares. No ensino, a Universidade Cândido Mendes cuida da memória do fundador da escola de Comércio, Conde Mendes de Almeida. No setor de bancos, os maiores têm origem nos pais ou avós, como os Setúbal e Moreira Salles, do Itaú Unibanco, Aloísio Faria, do pai Clemente (Banco da Lavoura, hoje Alfa), e os Guimarães, do Mercantil do Brasil, mineiros de terceira geração, num setor em que foram poucos os sobreviventes. A família Ometto é presente por diferentes ramos na indústria sucroalcooleira, sendo que um deles, Rubens Ometto Silveira Mello, é o maior do país.
Na política, então, é grande o número de detentores de mandatos em segunda ou até mesmo terceira geração. Políticos de destaque que têm descendência na política como Mário Covas, Tancredo Neves, os Andradas (desde o Império), Abi-Ackel e Bilac Pinto. Além destes, vale citar ainda os Maia, do Rio Grande do Norte, Caiados, de Goiás, Bornhausen, de Santa Catarina, Virgílio, no Amazonas, e por aí vai.
Ter passado e honrar os legados fazem bem, incluindo também trabalhadores. Artesãos em especial, que transmitem a profissão aos filhos, como sapateiros, alfaiates, barbeiros, carpinteiros e bombeiros, entre outros. Alberto Marques,com quase noventa anos, é o alfaiate numero um do Rio, herdeiro de seu pai Ernesto.
Detalhes a serem pensados nos dias de hoje!