Getting your Trinity Audio player ready...
|
O mundo moderno, digital e midiático, favorece o sentimento de que o sucesso reside nos influenciadores, jogadores de futebol, cantores, políticos, pastores ou personalidades exóticas, seja no campo nacional ou internacional. Mas não é bem assim. No anonimato para o grande público existem homens fundamentais para a humanidade. Nas pesquisas de toda natureza, na própria programação digital, na Medicina e em outras ciências que através dos séculos têm melhorado a qualidade de vida dos povos.
Também merecem relevância aqueles que dedicam tempo ou recursos pessoais para atender os menos favorecidos no anonimato, longe dos holofotes. Homens discretos, como os grandes filantropos do mundo – americanos como Buffett, Bezos, Bill Gates e os do passado nas artes, como Frick, Gulbenkian, Guggenheim. No Brasil, as artes muito devem a Assis Chateaubriand, Guiomar Muniz Sodré, Ciccillo Matarazzo, os Klabin e hoje ao admirável Elie Horn. Curiosamente a maioria é de judeus.
Temos hoje um brasileiro reconhecido como um benfeitor na área da saúde, que, com desprendimento, idealismo e sensibilidade, tem dedicado parte de seu tempo à saúde mental, tendo levado sua experiência a mais de cem países ao longo de décadas.
Trata-se do professor Jorge Alberto Costa e Silva, ilustre filho de Vassouras, que é considerado um dos grandes nomes da psiquiatria moderna, tendo sido diretor da OMS na área e presidente da Associação Internacional de Psiquiatria, além de ter feito trabalhos voluntários para a ONU na África e Ásia.
Este brasileiro de sucesso e reconhecimento internacional presta consultoria aos maiores laboratórios do mundo, estando hoje radicado em Portugal pelas facilidades de deslocamento a outros países, embora mantenha seus vínculos todos no Rio de Janeiro, onde tem consagrada clínica e profere palestras nas universidades, sendo ele mesmo professor emérito aposentado.
A seleção destes homens merece um levantamento e divulgação, mostrando que, apesar do empobrecimento na qualidade de políticos e lideranças em geral, ainda temos um grupo de relevância internacional. Costa e Silva está no patamar de César Lattes, Villa-Lobos e Carlos Chagas na galeria de reconhecimento mundial.
Sim, nós temos craques longe dos palcos e gramados.
Publicado em: JORNAL CORRREIO DA MANHA 05/06/25