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Os países do G 7 sofrem com o problema do emprego não apenas pela crise iniciada com a pandemia. Vem de longe a dificuldade para o uso de mão de obra qualificada com a abertura tecnológica nos países asiáticos, os chamados tigres. Estes receberam formação digital e ganham pelo que produzem em qualidade e produtividade. Nada de bondades e benesses que retiram competitividade do que produzem.
Assim sugiram as economias modernas, prósperas, como a da Coreia do Sul, Taiwan, Malásia, Tanzânia, Indonésia , além da Índia e, claro, da China, o gigante que fez com que sua entrada em cena se tornasse relevante em todo o mundo, especialmente no ocidente, onde já é investidora importante. As maiores reservas em divisas do mundo são asiáticas, como China – de longe a maior do mundo –, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Hong Kong e Arábia Saudita. O Brasil está em sexto ou sétimo lugar. A União Europeia, em conjunto, ficaria em terceiro ou quarto lugar, mas relevante apenas a Alemanha.
A Europa, por exemplo, passou a receber imigração sem qualificação para atender a demanda de serviços de baixa remuneração. Muitas de suas indústrias empregadoras já estão na Ásia pelos altos custos da mão de obra e dos impostos. As empresas são americanas ou europeias, mas os empregos são asiáticos, acumulando grandes reservas, normalmente aplicadas em títulos do tesouro americano, o que torna o país vulnerável. Impressiona o número de mão de obra de ensino superior em atividade na Ásia. A orientação da Internacional Socialista parece ser a de manter as classes médias ocidentais prisioneiras dos baixos salários, altos impostos, alto endividamento, dependente dos governos. Nada melhor para dominar um país do que uma boa crise na economia pelos seus reflexos políticos e sociais.
O cerco à circulação do dinheiro foge ao razoável, com saques superiores a cinco mil euros pedindo explicações do contribuinte. Em nome do combate ao terrorismo e à corrupção, as economias ficam engessadas, favorecendo praças mais abertas, como o caso de Dubai, onde só o mercado financeiro ocupa mais de 20 mil funcionários de alto nível. A França, com a sua burocracia, tem afetado até o seu turismo, cujas despesas maiores, como nos hotéis de cinco estelas, devem ser pagas fora de vez que entrar com dinheiro para pagar uma semana só de diária de hotel exige mil explicações. Uma remessa para cobrir despesas de uma família e alta renda, de 20 ou 30 mil euros, pode acarretar uma demorada explicação por parte do turista. As joalherias também são afetadas pelo terrorismo fiscal e policial. O que é complicado adquirir em Nova York ou Londres é feito em cinco minutos na Ásia. Brasileiro que quis comprar um relogio em joalheria da Avenida da Liberdade para dar de presente teve de responder a tal quateionario que desistiu . Embora o papel moeda sobreviva, seu uso está limitado e dar um presente a alguém vira caso publico.
A alta burguesia dos países em desenvolvimento indica que desistiu de resistir a esta onda predatória contra o capitalismo. O aquecimento do imobiliário em Madrid se deve aos mexicanos em busca de segurança, como os brasileiros em Portugal, que, na verdade, são mais do que os registrados por incluir os de dupla cidadania, que são aos milhares com imóveis no país.
A Europa e até mesmo os EUA pedem um choque de capitalismo para evitar a perda econômica e na qualidade de vida dos povos. A história universal é rica de civilizações em declínio. Bons empregos, para fixar os jovens mais preparados, pede uma abertura liberal, com menos burocracia, menos impostos e leis laborais intimidadoras do gerar empregos. Num mundo em crise, se não em decadência, já se fala em semana de quatro dias de trabalho, em menos horas, num delírio de buscar o progresso geral pela via de uma semiociosidade. Trabalhar, que é bom, nem pensar. Na Asia semana de quarenta horas é raro é sempre mais.
O relógio marca. Estamos perto da virada para o bem ou do afogar nas ilusões demagógicas. Uma nova classe, a dos militantes políticos ou ideológicos, não deverá ser afetada, como não são em Cuba, Venezuela e outros “paraísos”.
Bons empregos, bons serviços públicos, sociedades mais justas… só onde o capitalismo floresceu.
Publiacdo em: jornal O Diabo- Portugal