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A maioria dos países que adotaram o atendimento universal para a saúde destina recursos suficientes para a prestação de serviço de melhor qualidade. A gestão tem deixado a desejar, sendo que em muitos países pela influência de sindicatos dominados pelas esquerdas. O aproveitamento do setor privado no sistema é condenado pelos sindicatos, embora os resultados sejam todos positivos quando a participação privada se faz sentir. No mais, a rede pública está sempre com greves, seja de médicos ou de enfermeiros, o que não ocorre nas instituições privadas. A gestão de estoque de material também é diferente.
A demora nas cirurgias, por exemplo, tem o custo acrescido pelo tempo que o contribuinte fica afastado do emprego. A celeridade atenderia a todos. No Brasil mais de um milhão esperam marcação.
No Brasil, alguns gestores de programas públicos, o SUS, cujos recursos são repassados aos governos regionais ou municipais, têm resolvido bem algumas questões através da compra de pacotes de cirurgias no setor privado. Os setores mais atendidos têm sido o oftalmológico, com as cirurgias de catarata, ginecologia e urologia, com baixa internação pelo uso de medicina laparoscópica ou robótica. Mas sempre sob a crítica das esquerdas. Também o setor privado tem melhores custos nas compras e contratações pelos motivos conhecidos. Na gestão dos recursos humanos, o setor público, além das greves, convive com altas taxas de absenteísmo.
Sendo a saúde tão sensível à qualidade de vida das famílias, surpreende a passividade dos governantes em diferentes níveis para o assunto. O uso maior da medicina digital pode acabar com a demora no atendimento, muitas vezes fatal, como nos casos oncológicos. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS), como ficou patente na pandemia, possui viés esquerdista claro.
O mundo democrático e capitalista vive uma nova e perigosa fase. Antes, o adversário da liberdade, política e de empreender, tinha sede conhecida e agentes assumidos. Moscou era a meca e o comunismo a doutrina. Hoje, existe um movimento difuso, cerceando o capitalismo, doutrinando a mocidade, dirigindo mídias e o mundo cultural.
A saúde pública é um exemplo desta preocupação de inibir a ampliação dos sistemas de planos ou seguros privados, que atende e bem as classes médias, pois a esquerda precisa da dependência popular do Estado na saúde e na educação, principalmente.
A economia pessoal e o dinheiro ganho honestamente é alvo de restrições e controles que ferem a liberdade individual. Troca de informações entre bancos e o fisco de países coloca no mesmo cesto o sonegador, fraudador, do cidadão honesto, que para sacar dinheiro no banco precisa dar satisfações quanto ao motivo. E a marcha agora é para acabar ou limitar ao máximo o uso do papel-moeda, em favor do dinheiro digital. É o 1984 de Orwell se tornando realidade.
A saúde, que parece estar acima de ideologia e é capaz de unir forças vivas da sociedade, poderia ser o início de uma reação pela liberdade e a busca da eficiência. A crise nos sistemas públicos de saúde, que é universal neste momento, é um ato de
crueldade para com os menos favorecidos. Não fosse o setor privado presente, muitos países desenvolvidos teriam saúdes em níveis africanos.
Publicado em: JORNAL DIABO.PT 02/08/25