Petrópolis vive um bom momento na política fluminense. O governador tem especial atenção pelo município, que, inclusive, frequenta. O senador Carlos Portinho sempre passou parte do ano na cidade. Deputados aqui votados, como Júlio Lopes e Hugo Leal, têm prestígio, Roberto Jefferson, morador na vizinha Levy Gasparian, sempre teve base na cidade onde nasceu e tem família.
Para oferecer melhores empregos e produzir mais, bastaria a cidade buscar o relevo que já teve no passado. A sua indústria têxtil, que foi referência até os anos 1950, poderia voltar com sofisticação e qualidade, estando perto dos centros consumidores de maior renda e do porto do Rio. A indústria nacional carece de tecidos de boa qualidade para oferecer às confecções e exportar. O turismo vem crescendo na qualidade da hospedagem e no polo gastronômico, mas precisa aproveitar o Museu Imperial, um dos mais visitados do Brasil, para fixar os visitantes para uma ou duas noites na cidade. Faltam eventos que segurem estes visitantes no centro histórico e nos distritos. E atenção para não agravar a desfiguração da cidade, que inclui certa leniência com construções irregulares, como a já referida aqui em cima do Bosque, na área de influência do terreno onde está o próprio museu.
Fortalecer o ensino universitário, aumentar as vagas de medicina, reanimar o polo tecnológico, criar um calendário anual de eventos, como nos anos 1960, como a Feira Industrial de Petrópolis, em Quitandinha, um encontro nacional de jardinagem e floricultura, a semana da história do Império, com palestras sobre momentos e personagens do Brasil Imperial e a presença na República.
O cemitério, onde estão titulados do Império e figuras de relevo na República, merece um tratamento especial, incluindo visitas guiadas duas vezes por semana, atraindo estudantes de história de outras cidades.
Mão à obra, prefeito!
Publicado em : Diário de Petrópolis 26-09 -2021