O Rio ainda é o Rio. Tem autoridade e história para, reivindicar o que é justo e tem, lastro para isso.
O jogo poderia entrar na pauta do Congresso e gerar mais de cem mil empregos, só colocando em pauta o projeto do ex-deputado Aloisio Teixeira de reabrir o que foi fechado – os cassinos, em 1946, e os bingos, mais recentemente. E novas autorizações só ocorrer depois de cinco anos da lei.
E mais: gerar linha de crédito no BNDES e isenções fiscais no Rio de Janeiro para construção e operação, por dez anos, de embarcações de turismo na Baía da Guanabara. Além disso, uma forte ação recuperando a Ilha de Paquetá, com história. Ali viveu, por exemplo, José Bonifácio e, em frente, tem Brocoió, que foi dos Guinle e do Estado, e pode ser um centro de lazer ou de estudos. Temos mar e não temos barcos, mas, talvez, até uma nova Marina na zona portuária fosse viável. Paquetá poderia ainda ser porto para São Gonçalo, de grande população e a pequena distância.
Tem de haver vontade e mobilização. Volto a lembrar que os mandatos da família Bolsonaro têm origem no Rio. Natural que eles façam algo de especial pelo Estado.
Os bancos estão anunciando a venda de cotas de fundos de investimentos no exterior, logo, o Banco Central poderia criar um mercado de moedas sediado e restrito ao Rio. Trata-se de ideia antiga do chamado Rio-Dólar.
Facilitar investimentos cabe aos governos. Não podemos esperar sentados a vinda de recursos, hoje, disputados em todo mundo. O Rio poderia ser a sede latino-americana de multinacionais presentes na região, um sistema tributário especial e certas imunidades para obter a presença destas empresas, que geram bons empregos e movimentam a cidade. Aliás, a Coca-Cola já trocou Buenos Aires pelo Rio.
Também poderia existir algo que retirasse a burocracia na vinda de espetáculos de fora e produções cinematográficas internacionais asserem filmadas no Rio. Precisávamos de ter um da série Woody Allen, como Paris, Roma já tiveram.
Nada mais justo que o governo federal apoie o município e o Estado. Brasil sabe que tem uma dívida histórica com o Rio, a segunda cidade no coração dos brasileiros.
Necessitamos de ter mais e melhores empregos. Projetos não faltam. E quase nada com recursos públicos ensimesmado apoio.
Unidos podemos!
Publicado em: Correio da Manhã 12-08-2021