Os militares brasileiros voltam a ser alvo de sórdida campanha injuriosa, cheia de ódios, ressentimentos, frustrações daqueles que, desde 1935, são derrotados pela vontade popular e com o amparo das Forças Armadas.
Esse ressentimento vem se tornando exacerbado com o passar do tempo, pois quase 40 anos após passarem o poder, e seis presidentes em nove mandatos, o Brasil e seu povo vêm pagando um preço muito alto pelo que denominam de democracia. Este martelar de “ditadura” é uma fraude, pois tivemos governos autoritários e forte influência militar, mas nunca ditadura. No período, o Congresso funcionou na maior parte do tempo, as eleições ocorreram e, no fim, o próprio Colégio Eleitoral elegeu a chapa Tancredo-Sarney.
A violência policial é histórica no Brasil e no mundo nos embates com organizações criminosas poderosas, bem armadas e com recursos, assim como os movimentos de esquerda denominados de “luta amada”, com treinamento em Cuba e recursos de assaltos a bancos. Nos embates com responsáveis por crimes de sangue, execuções, inclusive de companheiros, deve ter ocorrido, como no Estado Novo e depois na “redemocratização” com o Carandiru, no governo do MDB, e Eldorado dos Carajás, do PSDB. Claro que os dois governadores não foram cúmplices dos massacres, apesar da exploração política nos dois estados. Sem se falar em Canudos e no movimento federalista no Rio Grande do Sul. Um mínimo de cultura histórica se pede.
Tortura sempre foi denunciada, não apenas na questão política, mas não se sabe de comprometimento com a barbaridade de autoridades militares, civis ou do comando das polícias estaduais. Tortura não pode ser tolerada é muito menos banalizada. E os excessos condenados . E sempre foi assim .
As gravações são a prova do repúdio dos militares à condenável prática, visto que só chega ao STM oficiais de quatro estrelas e, pelo que se ouviu nos depoimentos divulgados, ambos condenavam a ocorrência de tais fatos. Quem tem ódio no coração ou gosta de agradar as diferentes esquerdas, inclusive a caviar, repete estas bobagens levianamente.
Os que acusam , entretanto, nunca condenaram a execução do empresário Henning Boilensen, nem ao atentado de Recife que matou um jornalista , entre dezenas de crimes dos militantes da luta armada .
Temos vivas muitas pessoas que conviveram com os militares da época. Carlos Castelo Branco, em seu livro Retratos e Fatos, da insuspeita editora Revan, disse do presidente Médici: “há nos seus gestos um sinal de bondade e na sua família toque de singeleza e modéstia”. Vale a leitura do livro por quem quer a verdade, e não versões ressentidas, pois ele aborda outros nomes do regime como Juarez Távora, Delfim Netto e Leitão de Abreu. Quem honestamente pode admitir que estes homens fossem coniventes de alguma forma com esta barbaridade que certamente ocorreu nos porões das delegacias? E repito: como sempre ocorreu e ocorre até hoje, infelizmente. O que se precisa é de protocolos corretos que a impeçam e não a própria ação de autoridades, como os caluniadores gostam.
As condenações a tortura divulgadas foram de autoria de oficiais generais de nossas Forças Armadas, patriotas e identificados com a obra da Revolução que fizeram. O resto é cortina de fumaça e desinformação.
Publicado em: Jornal Correio da Manhã