As diferenças no comportamento dos grupamentos políticos mais conservadores, ditos de direita, e os “progressistas” de esquerda vão a detalhes curiosos, que merecem ser avaliados. Pela verdade histórica ou mesmo pelo objetivo de um simples estudo sociológico.
Recolhido há 150 dias nesta pandemia em Petrópolis, cidade a 70 km do Rio de Janeiro, que ostenta o nome de “Cidade Imperial”, ouvi de um jovem filho da terra considerações oportunas para serem avaliadas.
A cidade foi criada a partir da compra de terras que formaram a Fazenda Imperial, de Pedro I, e foi construída pelo seu filho Pedro II. É sede do museu mais visitado do Brasil, o Imperial, e até os anos 60, no governo do presidente Costa e Silva, era a sede de verão dos imperadores e, depois, dos presidentes. O Palácio Rio Negro e alguns chalés de estilo francês abrigavam presidentes e suas famílias e os ministros mais ligados à Presidência da República. O Imperial é hoje a sede do museu. Está numa altura de 800 metros do nível do mar e sua temperatura, na média, é dez graus centigrados menor do que a do Rio de Janeiro. Neste inverno, aqui tem registrado temperaturas entre 9 e 16 graus, na maioria dos dias. O Imperador passava cinco meses por ano na cidade serrana, ligada à capital pela primeira ferrovia e a Minas Gerais pela primeira rodovia ainda no século XIX.
A observação do jovem aristocrata, hoje cidadão do mundo, vinha de sua surpresa com o fato das principais ruas da cidade até bem pouco tempo terem nomes ligados à Proclamação da República, para muitos brasileiros até hoje considerada um golpe militar, feito longe da vontade e do conhecimento da população. Bem diferente de 1964, quando a intervenção militar de deu para atender ao verdadeiro clamor popular e pelo risco iminente de um golpe comunista.
A República realmente mostrou toda a sua mesquinha na história do Brasil ao trocar o nome da Rua do Imperador para XV de Novembro, data do golpe republicano; da Rua da Imperatriz, para Sete de Setembro, marco da separação do Brasil do Reino Unido a Portugal; e denominar outras com os nomes dos oficiais golpistas, como Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto. Na capital, chegaram a trocar o nome de seu mais importante estabelecimento de ensino, o Colégio Pedro II, para Colégio Nacional, o que foi naturalmente anulado anos depois.
No delírio que se seguiu a chamada redemocratização, em 1985, que foi eleições livres garantidas pelos militares, que antes promoveram anistia ampla, geral e irrestrita, diria hoje que temerária, chegaram ao ponto de substituir numa escola o nome do presidente Garrastazu Médici – o que fez o Brasil crescer a taxas superiores a 10% entre 1970 e 1973, o chamado “milagre brasileiro” – pelo de um deputado comunista, envolvido em episódios de terrorismo, autor da “Cartilha do Guerrilheiro”. Esta, ressalta-se, foi usada pelos jovens que se deixaram levar pela tal “luta armada”, sequestrando diplomatas, assaltando bancos, matando companheiros que desistiam da aventura e promovendo execuções covardes como a de três militares estrangeiros em visita ao Brasil, um capitão americano, um major alemão e um marinheiro britânico, pelo simples fato de pertencerem a nações que mantinham relações com o regime brasileiro.
O mesmo aconteceu em Portugal, onde retiraram o nome de Salazar da ponte que ele mandou construir. Agora, a “palavra de ordem” da esquerda mundial é destruir monumentos de estadistas e religiosos acusados de “escravagistas” em seu tempo, em quase todo mundo. NO Brasil da alegada “ditadura” não se trocou um nome de logrador publico, inclusive escolas. Muito menos agora.
Um tema a ser meditado, quando se vive um momento de mudanças, que precisam ser feitas com responsabilidade para que não prevaleça o estilo dos arautos do caos e do ódio!
Não se constrói a paz, a ordem, a prosperidade e a Justiça na base da mentira e da fraude.