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Virada a página da pandemia, Minas terá todas as condições políticas de recorrer ao apoio efetivo do governo federal, na busca de recuperação econômica e melhoria da qualidade de vida e do emprego para os mineiros. Não se trata de empréstimos nem de recursos federais, mas de suporte a iniciativas que precisam de estímulo fiscal por algum tempo e a liberação de recursos já previstos e não cumpridos.
Algo tem de ser feito no curto prazo para dar emprego aos que precisam e manter em Minas os jovens mais preparados, muitos com cursos no exterior, que acabam migrando para São Paulo, quando não para fora do país.
O polo informático no sul do estado, tendo como centro Santa Rita do Sapucaí, poderia receber um conjunto de medidas estimuladoras para crescer, atraindo empresas e gerando empregos. O governo federal poderia logo implantar mais uma nova base de ensino voltada para a atividade, consolidando a área também como centro de estudos e pesquisas. Um pacote que viesse a gerar, pelo menos, dois mil empregos de nível médio ou superior e a abrir 500 vagas para estudantes.
Na região central, tendo como cidade irradiadora Curvelo, apoiar a ideia do prefeito Maurílio Guimarães, dos mais preparados gestores municipais do estado, de o BDMG e Codemig ajudarem a recuperação do polo têxtil, que foi pioneiro em Minas, em Caetanópolis, para ser mais preciso. Hoje, teria a vantagem de não só aproveitar a volta do algodão na região, como consolidar esta cultura que foi tão importante no passado não muito distante. Curvelo já sediou a exemplar Dona Amália, indústria de referência do antigo Grupo Bezerra de Mello, e em Augusto de Lima, poucos quilômetros adiante, a fábrica de Santa Bárbara poderia ser revitalizada. E fazer a volta da cultura do algodão para a região se ampliar. Mas precisa de vontade política, articulação e criatividade, para superar dificuldades e tirar partido da crise.
Já nos referimos aqui a importância dos investimentos previstos e não cumpridos na revitalização da área em que o São Francisco nasce, assim como cobramos mais investimentos no projeto Guaíba. Tudo isso gera empregos e renda.
E a região metropolitana não pode continuar sem as obras viárias urgentes para não ficar engessada como está. O bom uso do trecho da Ferrovia do Aço abandonado, com centenas de milhões em obras abandonadas, na região de Sabará- Nova Lima-Barreiro, seria um projeto de importância na mobilidade da capital, também criando empregos. Vontade política, inclusive para pressionar a MRS para executar as obras restantes ou ceder a concessão para licitação daqueles quilômetros abandonados.
O governador Romeu Zema, que teve comportamento impecável no bom senso e na responsabilidade do momento, ajudando a não prejudicar os esforços federais, tem toda autoridade para cobrar medidas que dependem mais de vontade política e apoio do que de recursos da União. Que assim seja