Os dados referentes à pobreza no Brasil, de 2018 e recém-divulgados, mostram que segue em curso uma campanha desonesta de desacreditar o atual governo. E o presidente Bolsonaro ainda não tem um ano de governo.
Os números apontam que a população que vive com cem euros por mês é de 13 milhões. Um aumento de quatro milhões e meio acrescidos no mandato da presidente Dilma e de seu sucessor, Michel Temer. A pobreza avançou com o desemprego causado pela crise provocada pelos equívocos dos anos PT, mais prejudiciais à economia como um todo do que os casos de corrupção. O luxo socialista de perseguir os empresários e assustar investidores custa caro. E não existe perseguição mais cruel do que aumento de impostos.
O czar da economia brasileira durante três dos cinco governos militares, o professor Delfim Neto, dizia que era preciso crescer o bolo para depois dividir. Na América do Sul, o maior PIB é o brasileiro, mas a renda per capita é menor do que Argentina, Uruguai e Chile, países de economia bem menor. O Chile tem renda de 25 mil dólares/ano e o Brasil 16 mil. E fica difícil dividir bem com parcela significativa da população sem preparo para receber melhores salários. Tem de investir na educação e no ensino profissional de qualidade compatível com o mundo moderno. Vale o contrário, não adianta ter mão de obra sem ter o investimento. A mão de obra foge e o investimento não vem. Ao atual contingente de miseráveis, outros 13 milhões e que cresceram também nos anos PT, só mesmo com programas sociais. São pessoas sem nenhuma condição de trabalhar e morando no interior do país, onde a maior empregadora é a agricultura ainda. Não é coisa para se resolver da noite para o dia.
Situações desconfortáveis só podem ser resolvidas com o tempo e boa orientação política. Muito fácil a crítica de que dois terços desta população abaixo da pobreza é constituída de pretos e pardos. Mas não se trata de cor e sim de nível de educação. E o empreendedorismo e a presença de empresas dos três setores econômicos são importantes. O estado brasileiro de menor índice de pobres é Santa Catarina, com poderosa indústria, avicultura, suinocultura, piscicultura e educação. Apenas 8% da população, quando a média nacional é de 25%. E como são pequenos e médios negócios, em boa parte, a distribuição da renda é boa.
O discurso das esquerdas em todo mundo é divorciado da realidade, é vazio, balofo e inconsequente. O desenvolvimento social passa pelo econômico e este precisa de um ambiente de negócios favorável ao investimento. E não se investe em países de leis laborais absurdas, sindicalismo selvagem, impostos exagerados. O capital no Brasil, sobreviveu até aqui em parte na base da sonegação, o que é incompatível com empresas oriundas do primeiro mundo. E as que estão presentes, muitas e enormes, trabalham para o mercado interno, que é imenso. Afinal, com toda a desigualdade existente, a população brasileira na faixa da renda per capita superior é de 25 milhões. Ou seja, dois Portugal, três Suíça ou três Áustria.
A mídia mundial andou explorando a população miserável ou pobre do Brasil, insinuando uma crítica ao atual governo. Mas este já gerou empregos, detendo a escalada da estagnação econômica, reage e tem apresentado propostas ao Congresso realistas. E não se fala na queda da violência, que é significativa na medida em que as polícias têm sido prestigiadas e não intimidadas pela mídia, que alimenta estranha tolerância com criminosos de toda espécie.
A informação hoje mais plural, Internet com redes sociais, vem permitindo que os defensores do mercado lembrem que não se conhece país que tenha obtido bons índices econômicos e de liberdade política com regimes de alguma forma socialistas. Afinal, a definição de um governo socialista mais apreciada é que “o socialismo planta hoje a crise de amanhã”. Ou, como repetia Roberto Campos, “a esquerda não ama os pobres, apenas não gosta dos ricos, embora goste do luxo, o que passou a ser conhecida como esquerdo caviar”.