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O Brasil tem muitos ex-presidentes vivos. Fernando Collor, Fernando Henrique, Dilma Rousseff, Michel Temer, Jair Bolsonaro e José Sarney.
Sarney, o mais velho, com 95 anos, é hoje o grande conselheiro da República. Até Fernando Collor, que fez forte oposição a seu governo, rendeu-se às qualidades do mais longevo dos políticos. Talvez o único que não o tenha ouvido tenha sido Bolsonaro, o que pode explicar a improvável derrota na busca do segundo mandato.
Sarney deu lúcida entrevista ao jornal “O Globo” esta semana que marca os 40 anos de sua posse. Uma lição de política e de exemplo de bom senso.
Lula não acredita na lei da oferta e da procura
Lula da Silva quer ações do governo para cortar preços de alimentos. Não considera a sazonalidade de frutas e legumes, intervenções do clima e influência do câmbio no que é importado, como o trigo. A subida dos preços parece mais associada à inflação e a taxas de juros, pontos com os quais o governo não concorda. Prefere insinuar que os produtores tenham controle sobre os preços e custos
Lula da Silva está cedendo à ala mais à esquerda do PT. A deputada Gleisi Hoffmann, nomeada ministra das Relações Institucionais da Presidência, é uma crítica do controle das despesas públicas do ministro Fernando Haddad, e as medidas para retirar impostos de alimentos importados para baixar os preços internos foram mal recebidas pelo setor produtivo e não terão efeito prático. Lula ameaçou os produtores de alimentos com “medidas mais drásticas”. A alta dos preços é consequência da inflação que também pune os empresários.
Variedades
· A Igreja N. S. do Carmo, obra-prima do século XVIII, no centro do Rio, está ameaçada de desabamento. Fechada há cinco anos, pertence à Ordem Terceira do Carmo. Outras oito igrejas de valor histórico no país também estão sob ameaça, inclusive de incêndio. O setor de cultura ficou sem verbas no governo Bolsonaro e continua na mesma agora com Lula.
· O Copacabana Palace, referência da hotelaria de luxo no Rio de Janeiro, fecha seu anexo por 18 meses para ampla reforma em seus apartamentos neste espaço e o restaurante Cipriani, que tem uma estrela no Michelin. O resto do hotel continuará aberto.
· A ocupação dos hotéis no Rio de Janeiro durante o carnaval foi de 99%.
· Passado o carnaval e a exploração política do Oscar, o esporte passa à ordem do dia. O Fluminense do Rio se recupera e tem no argentino Cano o grande artilheiro. O
Flamengo está orgulhoso de dar seis jogadores para a seleção nacional. E João Fonseca, o tenista revelação, no torneio na Índia, não teve sucesso.
· Tudo que o governo quer é que não se discuta sobre economia e qualidade nos serviços de saúde e segurança.
· Os franceses relevantes nos supermercados, com o Grupo Cassino no Pão de Açúcar e o Carrefour, estão se desfazendo de imóveis para fortalecer o caixa e diminuir o endividamento.
· E no agronegócio o ano vai consolidar presença da suinocultura brasileira no mercado internacional. Custo e qualidade abrem portas no mercado asiático além da China. No Paraná, frigorífico que é o quarto do Brasil abate 12 mil cabeças por dia. A China comanda as compras.
· Parte do Brasil tem mais pessoas ocupadas em atividades informais do que com contratos de Trabalho. É que os auxílios sociais chegam perto do salário-mínimo e o cidadão opta pela informalidade para não perder o auxílio oficial.
Não pode dar certo!
Publicado em: SEMANARIO SOL 15/03/25