Amaral Peixoto foi Interventor no Estado do Rio, governador eleito, senador em dois mandatos, ministro de Estado, presidente nacional do PSD e do PDS. Uma referência em seu tempo.
Mas o que poderia Amaral Peixoto ser diferente dos políticos do Estado do Rio das novas gerações é o que importa. Deixou um legado de lealdade aos companheiros de vida pública, de rigor na escolha de seus próximos, na isenção em que defendia os ideais democráticos, longe da demagogia e do radicalismo.
Estadista, que o destino apenas não o levou a Presidência da República, encontrou na mulher, Alzira Vargas, a grande companheira e na filha, Celina, a preservação de seus valores e o cultivo de sua memória. Amaral Peixoto vive na lembrança dos que puderam conhecer e conviver com ele, um exemplo inesquecível de patriotismo. Não fosse oriundo da Marinha do Brasil, o que o levou a preservar e cultivar o título de comandante.
A cidade de Petrópolis foi parcimoniosa em retribuir a sua presença no município. Não apenas no governo, durante o qual passava o verão inteiro no Palácio Itaboraí, mas na propriedade que tinha e hoje acolhe a filha e o neto Pedro Amaral Peixoto Franco. Uma propriedade produtiva, coerente com o histórico de ter sido responsável pelos melhores anos da agricultura fluminense desde os tempos do café no vale do Paraíba.
Lembrar sua vida, seu exemplo, serve à educação cívica de nossos jovens, que precisam saber que a democracia não gera apenas inúteis aproveitadores, mas também idealistas, movidos pelo amor à pátria e à solidariedade com os menos favorecidos, que dependem e precisam da proteção do estado.
Publicado em: Jornal Correio da manhã 02-07-22