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Uma competente conspiração parece estrar em marcha no mundo democrático e capitalista ocidental com vistas a uma inversão de valores que permitam uma dominação de um movimento que reúne um apanhado de correntes de ontem e de hoje.
A grande frente contra o mundo livre, cujo núcleo central é dividido entre a União Europeia e os EUA, reúne o novo comunismo, anarquistas, islamistas radicais, antissemitas, ateus e agnósticos. Tudo teria começado na União Soviética em reunião do Comitê Central do Partido Comunista, em 1943, sob a liderança de Josef Stalin.
Apesar de ainda lutar contra o nazismo em suas fronteiras, a Rússia stalinista não deixou de planejar o projeto de dominação mundial defendido por Lenine quando elaborou as normas que os comunistas deveriam obedecer para a conquista do poder.
O líder comunista não se conformava com o que denominava de “a grande derrota do comunismo” que foi a Guerra Civil de Espanha. A vitória comunista dominaria a Península Ibérica e facilitaria muito o domínio da América Latina de forte influência histórica, cultural e religiosa. A conclusão é que Franco venceu com respaldo interno de militares e religiosos e externo, de Mussolini e Hitler. A palavra de ordem ao comunismo internacional foi a infiltração nos meios militares e na Igreja, assim como a destruição do capitalismo pela via da dominação de sindicatos para o grevismo que enfraquece as economias e estimula a luta de classes. Na limitação do capitalismo, regime econômico umbilicalmente ligado à democracia, políticas de estatização de serviços essenciais, como energia, transportes e comunicações, vieram a se concretizar na segunda metade do século passado em muitos países, inclusive na Europa, que deve seu crescimento econômico e social ao regime do livre mercado. Criou-se uma casta de trabalhadores de melhores salários e menores deveres, facilmente levados a greves frequentes.
Não se pode negar a sabedoria do leninismo pragmático de Stalin, pois foi com militares dominados ou neutralizados que se conquistou o Leste Europeu, Cuba, Coreia do Norte e a China, e quase tomaram conta de Portugal e andam a tentar em Espanha. A Igreja, por dois papados, andou tolerante com o comunismo ateu e seus aliados, mas efetivamente o Espírito Santo atuou nos conclaves que elegeram Joao Paulo II e agora Leão XIV.
O nazismo, de índole satânica, morreu com Hitler. Mas o fascismo, embora tenha acabado com o assassinato de Benito Mussolini, deixou um legado de ideias que não eram próprias, mas que, reunidas, barravam e barram o comunismo com livre empresa, liberdade de imprensa, ordem pública e baixa corrupção. Franco e Salazar, benfeitores da Península Ibérica naqueles conturbados anos, nada tinham de fascistas que não estas afinidades e, por isso, são bem lembrados até hoje. Muito menos os militares que salvaram o Cone Sul – Chile, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – nos anos 60 e 70 –
de forte investida comunista, inclusive pela infiltração nas Forças Armadas destes países. No Brasil, por exemplo, em 64, nos atos que afastaram militantes comunistas e afins do setor público, foi maior o número de militares do que de civis, incluindo os de alta patente.
Essa insistência de denominar de “fascistas” todos os que não são de esquerda visa inibir os ingênuos democratas a alianças com o conservadorismo cristão e capitalista, que vem crescendo nas democracias. São os chamados “inocentes úteis”, que, não formando com o conservadorismo, se tornam linha auxiliar das esquerdas.Exemplos atuais França e Portugal.
Outro fator explorado pelo novo movimento radical é a demonização da atividade política, afastando homens e mulheres das classes médias da vida pública, abrindo espaço para ideológicos ou despreparados. Exemplo foi no Brasil que o vácuo foi ocupado por Bolsonaro, que fez a alegria das esquerdas com sua postura, favorecendo a volta do que havia de pior na história republicana, apesar de ter feito um bom mandato. Mas política é uma arte e estes fenômenos populistas não conhecem esta arte. Têm votos, mas falta a sabedoria.
Defender o capitalismo, que é o verdadeiro instrumento da justiça social e da meritocracia, da democracia e das liberdades, deveria ser mais claro àqueles que se denominam de “centro-esquerda”, que parecem mais preocupados em agradar as mídias do que mostrar compromisso democrático. O eleitor nas democracias começa a identificar esta fraude e o preço que se paga por uma democracia que tem sido mais para beneficiar corruptos, apaniguados e uma casta que vive às custas da função pública. No Brasil, a mais recente sondagem dá conta de que 65% do eleitorado prefere outra opção que não seja Lula-Bolsonaro.
Faltam lideranças na burguesia, em todo mundo, que pode pagar caro pelos seus equívocos.
Quem viver verá!
Publicado em: Jornal Diabo.pt 21/06/25