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Algumas atividades atraem seus titulares para a política. Além dos médicos, com presença nos legislativos e funções executivas, os educadores, professores, também acabam exercendo mandatos.
No Rio de Janeiro, a tradição vem de longe, desde Gama Filho, que a partir do Colégio Piedade criou a Universidade Gama Filho, que chegou a ser relevante na cidade, inclusive com curso de medicina bem avaliado, cujos herdeiros não souberam manter. Gama Filho foi vereador no antigo Distrito Federal, presidente de partido e candidato ao Senado. Foi conselheiro do Tribunal de Contas da Guanabara. Outro que criou faculdades bem avaliadas, inclusive de medicina, foi José de Souza Marques, deputado estadual em mais de uma legislatura.
Ainda na criação de faculdades, a UNIG, de Nova Iguaçu, dos deputados Darcílio Ayres e depois do irmão Fábio Raunheitti, hoje reitor in memoriam da organização que fez crescer. Os irmãos Nader, de Barra Mansa, também fundaram uma organização de ensino superior na sua cidade. Na atual bancada federal, tem o deputado professor Júlio Lopes, que com a irmã administra exemplar colégio no Rio, o Centro Educacional da Lagoa, pioneiro no uso de tecnologia digital para os alunos. Campo Grande muito deve também a Moacir Bastos, vereador nos anos 70 e 80 e fundador de instituição de ensino de qualidade. Todos políticos de centro.
Além dos empreendedores, muitos professores e professoras exerceram mandatos no Rio, como Sandra Cavalcanti, Lygia Lessa Bastos, Célio Borja, Yara Vargas, Gama Lima e Alcir Pimenta.
Realmente o fato de detentores de mandatos terem origens na saúde ou na educação ajuda muito o poder público a não se afastar destas prioridades nacionais. Políticas paternalistas custam caro e não levam ao desenvolvimento da qualidade de vida do trabalhador. Temos de diminuir o número de assistidos e aumentar o de empregados com qualificação. Com educação e saúde o número de assistidos cairia muito.
Escolas precisam voltar a ter importância na formação do cidadão, com ordem, disciplina e responsabilidade, assim como a área de saúde deve aderir a práticas modernas, como vem de fazer a Prefeitura de Volta Redonda ao marcar consultas médicas nos postos de saúde pela internet. Aliás, o SUS deveria ter convênio com consultórios médicos, o que poderia interessar a muitos profissionais e bem atender a população.
Publicado em: Correio da Manhã 17/04