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Deixei passar algumas semanas do enceramento de todos os processos envolvendo o ex-governador Luís Fernando Pezão para tecer considerações que julgo importantes a quem acompanha as coisas da política e precisa estar imunizado de calúnias, difamações e injustiças, que podem nos levar ao descrédito nas instituições.
Quem conhece Pezão, sua mulher, seus pais, sabe de sua formação ética e moral. Quem acompanhou a sua vida desde vereador sabe de seu espírito público, competência e seriedade. Homem bom, do bem.
Mas o grande público se deixa levar pelo noticiário, nem sempre correto ou com fundamento. Pezão foi vice-governador e trabalhou nas obras de dois grandes governos do Rio, onde ocorreram malfeitos lamentáveis, mas cujos méritos não se pode negar.
Entretanto nunca participou destes malfeitos, nem direta nem indiretamente. Tem mãos limpas e as decisões que envolviam dinheiro eram feitas em outras esferas.
Foi preso, processado, mas nunca – repito: nunca – foi sequer ouvido. Apenas respondeu por cargos que ocupou, mas sem nenhuma relação com o que poderia ter levado a erros.
Solto sem ser ouvido, não desistiu de recorrer à Justiça em busca do esclarecimento total. Conseguiu, finalmente.
Quem sabe alguma coisa da política fluminense, dos governos do qual participou em Piraí, como exemplar prefeito, e no Estado do Rio, sabe que seria surpresa seu envolvimento em vantagens ilícitas.
No mais, é aquela velha história de Balzac, de que atrás ou ao lado de um grande homem tem uma grande mulher. No seu caso, é mais do que verdade. Maria Lúcia Cautiero Jardim foi exemplar primeira-dama, exerceu e exerce com louvor cargos púbicos e foi um esteio para o marido.
Em outras oportunidades em que defendi o político, de quem me fiz amigo pelas relações com seu pai, meu colega na Light, fui muito incompreendido. Hoje, reitero minha avaliação deste homem público íntegro, certo de que, com as paixões serenadas, se reconheça que foi vítima das circunstâncias.
Ainda bem que isso ficou claro. Faz-nos crer que a Justiça tarda, mas prevalece.
Bem-vindo de volta à vida pública, Pezão! O Rio ainda precisa de você.
Publicado em: jornal Correio da Manhã 03/05/23