Nas nações democráticas, a influência dos militares e seu prestígio na opinião pública ressurgem como peça de responsabilidade e estabilidade. E isso desespera aqueles que militam nas diferentes frentes de desestabilização das sociedades, seja na demagogia populista que engessa os programas de progresso econômico, sejam na destruição de valores como pátria, família e religião, ou na tolerância com o uso e abuso das mais diferentes drogas.
Historicamente, o avanço comunista no século passado foi barrado em todo o mundo pelos militares. O fato ocorreu antes da guerra, na Itália, Espanha, Portugal e em outros países do Leste Europeu, embora só na Espanha o comando fosse exercido por um militar. Mas é claro que Salazar e Mussolini contaram com amplo apoio dos militares, além da opinião pública que conquistaram pela implantação da ordem e pela austeridade demonstrada no trato do dinheiro público. Não se conhece muitos casos de corrupção entre os militares. No pós-guerra, a França venceu a subversão buscando de volta o General Charles De Gaulle.
Na América Latina, quando a escalada vermelha foi mais presente e ameaçadora, anos 1960 e 1970, no Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai, foram os militares que barraram a influência indiscutível da URSS, por meio de Cuba, que treinava e formava levas de guerrilheiros.
Agora, a nova versão da destruição dos valores do mundo ocidental e, sobretudo, cristão, sem o apoio financeiro e militar da URSS, está concentrada no meio intelectual, sobretudo nas mídias que abrem espaços para estas pautas. A pregação sistemática não consegue grandes avanços nos setores populares e começa a causar reação.
As sociedades modernas são naturalmente mais abertas ao pluralismo, o que não quer dizer que possam concordar com a inversão de valores.
A campeã brasileira de Vôlei, Ana Paula Hengel, hoje morando nos EUA, é presença relevante nas mídias sociais, com milhões de seguidores no Brasil. Ela reage, como atleta, por exemplo, a inserção nas equipas femininas de transexuais, que levam todas as competições. Nada contra os trans, mas que cada um jogue na equipa de origem. Não é justo o que ocorre hoje.
No aniquilamento das economias e enfraquecimento das empresas privadas, a pandemia veio a calhar para esses agentes da destruição. São benefícios que excedem o razoável ou decisões do Poder Judiciário intervindo na vida de empresas privadas. As vacinas são exemplo maior . A imunização seria acelerada caso houvesse presença do setor privado – farmácias, laboratórios, hospitais, na vacinação, para quem quisesse ou pudesse pagar.
A Ford, por exemplo, anunciou fechar fábricas no Brasil, considerando a queda no mercado e a quantidade de ações na Justiça do Trabalho, tendo unidades em outros estados mais atrativos ao investimento privado. Uma opção de seus acionistas, mas que, no Brasil que vivemos, permitiu a um simples juiz, e não a um tribunal, determinar – sim, determinar – que a empresa não demitisse seus colaboradores.
Por fim, o socialismo já está implantado, embora não oficializado, nos países de elevada carga fiscal e que possui uma casta de burocratas altamente remunerados, que
resistem a toda e qualquer tentativa de supressão de privilégios. O Brasil de Bolsonaro está tentando uma reforma da administração pública, mas a partir dos que vierem a ingressar no serviço público após a sua aprovação. Os servidores públicos, bem remunerados, com estabilidade intocável, permanecerão até seus últimos dias.
O alto empresariado desapareceu. As grandes empresas estão entregues na sua maioria a executivos que só pensam em lucros e bônus.
Para deter a barbárie, é natural que se considere que só os militares podem garantir a ordem.