O mundo muda com grande velocidade. A Internet, praticamente, eliminou a circulação de jornais fora de suas sedes e países. Antes, era comum circularem em todo o mundo desenvolvido, no mesmo dia ou no seguinte. Os brasileiros mesmo eram facilmente encontrados em cidades como Nova York, Paris e Lisboa. O francês Le Figaro e o americano New York Times eram presentes em muitos lugares fora da Europa.
Hoje, a televisão, com os canais de notícias, e a Internet atendem aos viajantes que gostam de saber o que acontece em suas cidades. E os que consultam se contam aos milhares, em todos os recantos do mundo. Assim ocorre com os nossos, inclusive com o DESTAK, que atende aos brasileiros oriundos de São Paulo, Campinas, ABC, Rio de Janeiro, Brasília e Recife. E ainda mais às segundas. Não pela nossa coluna, mas pelos resultados do futebol, conforme pude constatar em Nova York recentemente com um amigo motorista, que consulta a edição paulista neste dia. Em abril, foi um garçom, trabalhando em Lisboa, que me disse ler o nosso jornal regularmente no seu Iphone.
Em termos de televisão, a Record é a mais presente na Europa, com destaque para Portugal, onde a Globo e suas afiliadas não existem. Aliás, o fato destoa dos tempos do fundador, Roberto Marinho, que, nos anos 1960, mandava o jornal numa edição para Portugal no voo diário da Panair e depois Varig.
O tema é importante diante do fato de que a imprensa internacional praticamente ignora o Brasil. Tragédias, violência e escândalos são os que aparecem. Antigamente, as embaixadas tinham jornalistas e escritores divulgando o Brasil, como foram os acadêmicos Antônio Olinto, Otto Lara Resende, nos governos militares, Sebastião Nery e Mauro Santana, com Sarney, entre outros.
Nossa cultura depende do sucesso pessoal de cada um, como o fenômeno Paulo Coelho, já em declínio, e Nélida Piñon, na Espanha. Mesmo Jorge Amado, que foi muito editado, pelo valor da obra e a máquina da esquerda, sumiu das livrarias. Portanto, superada a crise na economia, devemos cuidar deste assunto.
A estimativa é que, fora do Brasil, vivam entre três e quatro milhões de brasileiros, que não se desligam do que acontece no nosso país. Duas TVs a cabo podem ser assinadas, mas são caras para os que estão trabalhando para formar uma poupança e, depois, voltar com algum capital. Sinal dos tempos!!!