A cidade pede mais e nova intervenções de peso para melhorar a mobilidade urbana. Os engarrafamentos são crônicos em alguns pontos e pedem ações urgentes.
A Barra da Tijuca, apesar da Linha Amarela e da Transolímpica, pede melhoria, a começar por mais duas ou três estações do metropolitano. A Linha Amarela está saturada. Salta aos olhos o estrangulamento da área, possivelmente a mais rica da cidade. Mas a Brasil e a Linha Vermelha também precisam de complementos, sendo que a segunda necessita, a partir do Caju, de uma via direta ao Aeroporto do Galeão.
A Ponte Costa e Silva é outro ponto estrangulado. Criar o acesso marítimo a São Gonçalo, já defendido aqui no Correio da Manhã, urge para retirar centenas de ônibus e milhares de automóveis dali. Não é caro nem complicado. Assim como ao fundo da baia, Mauá e adjacências. O tempo perdido e o desconforto das deslocações dos que trabalham no centro do Rio e bairros pode pressionar mais ainda as comunidades populares, já com superpopulação.
Um forte investimento, garantindo segurança para as linhas da supervia, se torna imperativo, inclusive com a adoção de carruagens de tarifa A, com conforto e segurança, para retirar carros da Brasil e da Linha Vermelha. Não cabe demagogia no assunto. Estes carros não afetariam a prestação do serviço regular.
A própria zona sul da cidade pede intervenções de vulto. O Jardim Botânico é outro ponto congestionado o dia todo e com excesso de ônibus. A linha do metrô Gávea precisa ter um ramal para se juntar a linha 1, em Botafogo, pode ajudar. E uma passagem subterrânea na ligação da Lagoa com a autoestrada Lagoa-Barra não parece complicado. O prefeito Eduardo Paes já fez intervenções de igual vulto nos mandatos anteriores. O Rio pede urgência. A passagem de Copacabana para Botafogo é outro problema, podendo ser repensado o túnel Leme-Urca.
Enfim, entre os problemas existentes na economia, no social e na segurança, este é uma presença onerosa no cotidiano da população. E o momento é agora, quando o preço da gasolina pede alternativa ao uso de automóveis para longas distâncias.
Publicado em: Jornal Correio da Manhã 10 -12-21