O Rio de Janeiro sempre foi uma cidade desejada para se viver e trabalhar. Além das belezas naturais, bons serviços médicos, estabelecimentos de ensino de referência, atrações culturais de grande potencial, patrimônio histórico, igrejas ricas, um clima alegre de alto astral na sua população.
Quando capital do Império e da República, o Rio era destino disputado pelos diplomatas de todo mundo. Basta se recordar das qualidades dos que representaram seus países no Brasil. A sede nacional das grandes empresas nacionais e multinacionais era na Cidade Maravilhosa. Até os bancos sediados formalmente em outros estados tinham seus principais dirigentes ou controladores vivendo no Rio. A cidade é a mais cosmopolita do Brasil no sentido de uma sociedade plural, integrada e sem preconceitos. Na verdade, o ponto fraco de maior desafio é a segurança pública. O resto depende da vontade e da habilidade política de seus atores, sejam públicos ou privados.
O Rio poderia voltar a ter o centro nacional de câmbio, como foi até recentemente. Tem portos para serem melhorados, no Rio, Sepetiba, Angra. Apoio a projetos privados como o Açu, no Norte, e o fantástico projeto para Maricá. Aeroportos já temos, no Rio, Região dos Lagos, Macaé. Um terminal de cargas frigorificadas com serviços alfandegários e sanitários 24 horas seria outra medida simples, geradora de empregos e circulação da riqueza. Produtos exportáveis por via aérea da região, incluindo o Espírito Santo, teriam este canal facilitador.
O destino nos levou, neste momento de uma corrida nacional e mundial pela retomada da economia abalada pela pandemia, a termos um governador conciliador, aberto ao diálogo, afinado com um projeto para o Estado e não voltado a seus projetos políticos. No mais, o Rio mora no coração de todos os brasileiros.
A Associação Comercial tem um conjunto de propostas, que já estão encaminhadas, sendo o presidente José Antônio Nascimento Brito um coordenador de soluções viáveis no curto prazo. A ACRJ é entidade independente e desde o governo Vargas órgão consultivo da República e seus dirigentes tem presença limitada a dois mandatos.
Publicado em: Jornal Correio da Manhã 13-01-22