As forças vivas da sociedade do Rio de Janeiro acompanham indignadas o uso político imoral, cruel, torpe, da tragédia que se abateu sobre Petrópolis.
Uma sórdida conspiração, a que infelizmente a mídia esteve presente ao veicular tantas barbaridades, que a maior televisão em audiência teve de pedir desculpas. O deputado Marcelo Freixo não esclareceu ao noticiário que revelou sua ação em Petrópolis, onde foi no quarto dia da catástrofe, de que teria influenciado seu correligionário, o prefeito Rubens Bomtempo, a exigir que um trator de Magé, levado para ajudar, fosse descaracterizado, o que, inclusive, seria ilegal. Outra informação é a de que não deveria pedir ajuda ao Estado e à União. O que sua ausência junto ao Governador e ministros comprova.
No mais, esta oposição sem passado e sem propostas estimula acusações de omissão às gestões anteriores e à atual, quando o fenômeno foi singular, cabendo apenas ao município a responsabilidade pela omissão face à ocupação irregular das encostas e margem dos rios.
A tragédia vem mostrando que o Brasil real não é esse do grupo político que, no Rio, é representado pelo deputado Freixo, hoje no PSB, mas eleito no PSOL, onde sempre fez política.
O governador Cláudio Castro foi rápido em se deslocar para o palco da catástrofe e comandar pessoalmente as operações de resgate e acolhimento. O presidente da República chegou de viagem ao exterior e foi direto para o local, liberou verbas e mobilizou ministros. A Marinha do Brasil instalou um hospital de campanha em poucos dias para descongestionar a rede pública. A sociedade presente por meio de empresas e entidades como a Fecomércio, além de forte solidariedade popular através de pequenas e médias doações.
O funcionalismo estadual, incluindo militares, dando provas de dedicação, mesmo com o inacreditável questionamento do número de bombeiros na área, outra informação leviana e sem fundamento.
Neste ano eleitoral, cabe a todos acompanhar o papel de cada um. O referido deputado, dando vazão a sua incontrolável e desonesta demagogia, fez noticiar que estava propondo o fim do laudêmio pago à Família Imperial, como se fosse imposto. Ignora que são centenas os laudêmios públicos e privados espalhados pelo país e pelo mundo. O da Família Imperial, um de seus ramos, e dos menores, abrange uma área central da cidade, erguida em propriedade pessoal do Imperador.
O instituto já não existe, respeitados os direitos adquiridos. Ignorância ou má fé
Jornal Correio da Manhã 24-02-2022