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O tamanho do Brasil, entre os três maiores territórios em terras contínuas do mundo, é sabido e orgulho de brasileiros e portugueses. Estes pela descoberta e pela integridade do território, graças à vinda da Corte em 1808 e, depois da Independência, pela habilidade e competência da Casa de Bragança.
Esse tamanho, no entanto, tem suas contrapartidas negativas. Apesar dos oito milhões e meio de quilômetros quadrados, e uma proporção aceitável na relação de habitantes, os 220 milhões estão muito mal distribuídos. No território, na economia, na qualidade de vida, na educação.
Foram décadas de crescimento demográfico descontrolado, nas camadas mais modestas da população, gerando uma imensa desigualdade social e cultural. Apenas nos governos militares, meio século atrás, é que o analfabetismo foi erradicado e algumas doenças endêmicas controladas, como a malária, no Norte, e a tuberculose, em todo o país. Esta, aliás, tem ameaçado ultrapassar os limites aceitáveis. Fruto da pobreza, da qualidade das habitações urbanas, que eram chamadas de favelas, mas, hoje, o politicamente correto mudou para “comunidades”, onde o saneamento básico inexiste. Por isso, embora seja a décima economia do mundo – chegou a ser a oitava no final do ciclo militar, em 1985 –, a renda per capita é muito inferior à da Argentina – mesmo na crise que o vizinho atravessa- e a do Chile, após a reforma dos jovens de Chicago, que deram o grande avanço do país andino nos anos do Presidente Augusto Pinochet. Nesta época, o Chile se tornou a melhor qualidade de vida, crescimento econômico e modernidade na gestão na América Latina. Daí o ódio da esquerda mundial dedicado ao Presidente Augusto Pinochet.
No Brasil, a pandemia revelou a impressionante população que exerce atividade informal, que recebe há quase um ano um auxílio em dinheiro do governo. Foram 50 milhões e, agora, numa seleção mais rigorosa, devem ficar em torno de 35 milhões, por, pelo menos, mais quatro meses. A pandemia está fazendo a dívida pública chegar a 100% do PIB, o que é altamente perigoso.
Nesta semana, o país passa de seis milhões de vacinados, e faltam vacinas. Muitas cidades estão sem os imunizantes para os grupos prioritários, desde que os servidores da área médica, índios, idosos com mais de 80 anos já foram vacinados. Salvo alguns casos escandalosos nas cidades menores, nenhuma autoridade pública, parlamentares incluídos, receberam a vacina. A fiscalização da sociedade e das mídias tem sido rigorosa.
Os vacinados poderiam ser em número bem maior, caso as esquerdas não criassem tantas dificuldades para a entrada do setor privado, que dispõe de ampla rede de clínicas especializadas, mais hospitais e laboratórios aptos a uma vacinação em torno de um milhão e meio a dois milhões por semana. Estes seriam para as classes médias e para as empresas que desejam oferecer a seus funcionários a oportunidade da vacina imediata, para facilitar a retomada das atividades e acelerar a imunização que pode deter a pandemia. E, claro, abrir espaços para a população que depende ou prefere a vacina pública. Bastaria que a Pfizer e Johnson & Johnson promovessem o fornecimento, desde que não pudessem negar a cota para o Brasil, onde a J&J está instalada desde 1933, com mais de dois mil funcionários em suas unidades industriais, e a Pfizer, desde 1952, com mais de 1.200 empregados em sua unidade fabril, em São Paulo.