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A sociedade brasileira precisa refletir sobre a crescente perda de valores éticos, morais e cívicos, permitindo uma constante perda na qualidade de vida e felicidade das pessoas.
O entretenimento, teatro, cinema, televisão, música popular e literatura marcham para o discurso único da afronta aos valores até aqui fundamentais na formação de nosso povo e de nossa cultura. O fato dos tempos modernos, em boa hora, ser mais plural, tolerante, liberal em todos os sentidos, não importa na negação dos antigos e tradicionais valores.
Algumas distorções preocupantes têm sido o preconceito em relação à ação policial em defesa de todos. As mortes quase que diárias de policiais no Rio não despertam as mesmas reações que a de malfeitores, com histórico de assassinatos. Os policiais são inibidos, em postura que, na prática, estimula toda sorte de delitos. Na verdade, ao sair para as suas atividades, o risco do policial parece ser maior do que o dos marginais. As antigas operações de abordagem de suspeitos, com repressão ao porte ilegal de armas, já não ocorrem em nome da igualdade, que sugere a interpelação igual entre desiguais.
Temos, hoje, bairros com intolerável índice de assaltos à mão armada, como Botafogo, no Rio, o centro de Niterói ou alguns pontos de Petrópolis. Agravado pelos cuidados na abordagem de elementos com características suspeitas, quando quem nada deve não tem o que temer. Nos aeroportos, não se tem notícia de reclamações às rigorosas medidas de segurança. Mas, nas ruas, não se pode revistar um cidadão em zona de incidência de violência. Agora, a demagogia deseja dar imunidade à população de rua, independentemente do mal que causa à imagem da cidade, aos riscos ao cidadão e à violação do livre acesso a imóveis privados, residenciais, inclusive. O correto parece ser uma ação social visando acolher e proteger estas pessoas, muitas com distúrbios mentais.
As diferentes igrejas poderiam se juntar ao poder público nas operações sociais e até mesmo policiais. Afronta aos direitos humanos é esta estranha proteção ao infrator, discriminando a força policial que representa a única defesa do cidadão desarmado. Aliás, junta-se a este estranho comportamento o alinhamento com desarmamento do cidadão habilitado ao porte e posse de arma para sua defesa pessoal e patrimonial.
A sociedade não pode nem deve se intimidar diante deste movimento que nega o razoável e o justo. A história mostra o alto preço que se paga pela omissão dos bons
Publicado em: Jornal Correio da da Manhã 20-01-22
1 comentário
Irretocável, como sempre. O ponto nevrálgico é sim, sem dúvida, a crescente perda de valores éticos, morais, cívicos e espirituais, princípios de que não podemos nos afastar sob pena de perdermos nossa identidade humana caminhando para a barbárie, para o nada. Chamo a atenção nesse contexto para a defesa, capitaneada pelo Supremo, com vistas a dar voz, voto e deliberação às minorias, o que vem criando um caldo de cultura cujo resultado não poderia ser outro que não o “impedimento” de operações das forças de segurança em comunidades no período da pandemia; o “impedimento” do uso de algemas, e agora o recente julgamento que só não foi catastrófico para o Rio graças ao Ministro André Mendonça, uma vergonha, o Rio não merece e precisamos lutar para modificar esse estado de coisas.