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O noticiário político tem apresentado hipóteses de candidaturas de forte apelo eleitoral para a disputa da Prefeitura do Rio ano que vem.
Com todo o respeito aos nomes aventados, não parece atender aos interesses da cidade e seus moradores misturar a gestão da segunda maior cidade do Brasil com política menor do nome mais popular e não do melhor para governar. O prefeito Eduardo Paes está no terceiro mandato pelas qualidades de gestor e não pelas posturas políticas. Aliás, por estas é que perdeu o governo do Estado em 2018: A divisão de seus aliados em sua sucessão nos custou uma gestão, no mínimo, equivocada que o sucedeu.
As forças políticas não alinhadas com o prefeito devem buscar um nome que tenha peso e presença política, além de perfil de administrador. E, claro, precisa ter personalidade aberta, liberal, sem preconceitos, pois a marca da cidade e de seu povo é a liberdade em geral e o repúdio a qualquer tipo de comportamento discriminatório.
São raros na história os casos de sucesso no aproveitamento nas funções públicas de personalidades de sucesso nas mídias, religiões, esporte e meio artístico. Governar é uma arte e, no mundo moderno, complexo.
O Rio pede sensibilidade social em função de uma população marginalizada pela falta de preparo para o mercado de trabalho, energia e vontade para preservar locais públicos, alvo de ocupação irregular, e apoiar as atividades culturais relevantes, a segurança das zonas turísticas e a captação de eventos corporativos e multinacionais. A recuperação do centro histórico e a consolidação do Porto Maravilha não podem ser relaxados.
O assunto parece prematuro, mas é sempre tempo para se alertar para o uso de uma comunidade como a carioca para resolver questões partidárias políticas. Inclusive eventuais compensações aos que se aventuraram em candidaturas majoritárias e ficaram sem mandato.
Vivemos uma crise global, a eficiência fará a diferença e o custo dos erros será cada vez maior.
Os tempos atuais clamam pela “competência e fraternidade acima de tudo”. O povo quer e merece decidir entre bons candidatos em condições de bem governar.
Publicado em: Jornal Correio da Manhã 16/02/23