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Termina o mandato do senador Fernando Collor, com quase meio século de vida pública, com a política no seu DNA. Neto do criador da legislação trabalhista no Brasil, Lindolfo Collor, companheiro da primeira hora de Getúlio Vargas e filho do jornalista e senador Arnon de Melo, dedicou sua vida a política como deputado, prefeito de Maceió e governador de Alagoas, presidente da República, senador. Além de empresário de comunicação em seu estado. Nível, preparado e bem educado .
Cabe neste momento uma justa avaliação deste homem público que foi o modernizador do Brasil. Devemos a sua visão e coragem o programa de privatizações e a abertura econômica acabando com a proteção à ineficiência. Não se deixou intimidar pelos arautos do atraso.
Alvo de implacável campanha por parte das esquerdas, foi traído por companheiros da primeira hora, em episódios explorados para servirem de pretexto para seu afastamento. Voltou e se tornou nos dois mandatos respeitado e obteve o reconhecimento de sua contribuição ao progresso do Brasil.
Cabe lembrar que formou um ministério de grande relevância, com nomes como Pratini de Moraes. Célio Borja, Marcílio Marques Moreira, Celso Lafer, Marcos Coimbra, Bernardo Cabral, Jarbas Passarinho, General Agenor Homem de Carvalho, Sérgio Rouanet e Ozires Silva, entre outros. Equipe entre as melhores da história republicana.
Fernando Collor é um exemplo da determinação em não ceder às pressões dos que, manipulando as mídias, tentam intimidar os liberais na economia e conservadores nos valores sagrados na formação de nossa cultura. Pagou pelos serviços prestados com o mandato , alvo de raivosa e ressentida oposição, só superado trinta anos com a campanha contra Bolsonaro.
Certamente poderá voltar ao cenário político, mas sempre será lembrado como o grande inovador que foi. Queiram ou não pautou os dois mandatos de FHC na economia.
Como bem disse o jornalista Vicente Limongi, não é honesto quem negue esse papel modernizador ao governo Collor!
Publicado em: Jornal Correio da Manhã 08/02/23