O emblemático Quitandinha, que com o Museu Imperial é uma referência nacional – e até internacional – de Petrópolis, está sob parcial gestão da Fecomércio, que é das entidades do Sistema S a que mais tem se distinguido ultimamente em iniciativas positivas para o Estado.
O momento poderia sugerir que aquele precioso espaço tivesse uma agenda de maior repercussão nacional, inclusive em parcerias com outras entidades como o Sebrae, para criar o calendário de eventos.
Uma feira nacional de moda popular poderia ajudar a impulsionar as vendas do polo da Rua Teresa e da Feirinha de Itaipava, e seus conexos.
A proximidade do Rio, com o aeroporto Antônio Carlos Jobim, e a mão de obra disponível poderiam facilitar uma exposição anual de produtos alimentícios produzidos no Estado do Rio, seguido de uma semana gastronômica reunindo os melhores estabelecimentos do município, precedidos de uma apresentação musical clássica, de jazz e de piano. A verba para contratar artistas viria de uma parceria Fecomércio, hotelaria e restauração local, prefeitura e um patrocinador ou dois privados, do porte de uma Ambev, Itaipava, e uma indústria nacional. É só ter quem queira coordenar e a Fecomércio parece ter esta estatura. Neste momento, não faltaria o apoio estadual.
Uma semana sobre patrimônio histórico de palestras sobre o Brasil Imperial, incluindo conferências sobre personalidades ligadas à cidade, no Império como na República, na política, cultura e economia, poderia atrair editoras, universidades. Ainda englobaria a inclusão da cidade como polo de preservação de imóveis, documentos, móveis e obras de arte, onde a presença já se faz sentir pela qualidade de seus antiquários e leiloeiros, como Miguel Salles, Miguel João Felipe e inciativas vitoriosas como os “Leilões de Petrópolis”, que atendem a um público nacional e não raro internacional. Estimular estas atividades geraria renda e qualidade na preservação de seu patrimônio.
Outro evento que poderia ter outros patrocínios seria um encontro anual dos diferentes movimentos pró-monarquia, para debater o passado, avaliar o que teria sido publicado sobre o período, com a presença não apenas de nossos monarquistas e da Família Imperial, muitos ligados por laços de parentesco com nossos monarcas.
Vamos pensar no assunto.
Publicado em: Diário de Petropolis 29-05-22