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A grandeza de uma sociedade, sua felicidade, não é construída apenas por políticos, artistas, personagens que habitam as diferentes mídias.
Existem os que trabalham em silêncio, construindo instituições e prestando serviços que enriquecem as cidades e servem à melhor qualidade de vida de todos. Entre estes, os empresários, especialmente aqueles criativos e de sensibilidade da função social e das responsabilidades de todos numa sociedade livre e democrática. São movidos por ideais, pelo trabalho.
O Rio de Janeiro tem uma tradição desses beneméritos, que discretamente construíram vidas conciliando a atividade profissional ou empresarial com sadio voluntariado em benefício de todos. E, o que é importante, desinteressadamente.
Hoje, estão aí pessoas que merecem ser lembradas e reconhecidas, muito embora a discrição faça parte de seus méritos.
Yvonne Bezerra de Mello e seu Projeto Uerê é uma delas. Uma vida dedicada a servir aos menos favorecidos numa cidade com tantos dramas sociais. Nunca esmoreceu, mesmo percebendo uma lamentável presença do egoísmo entre muitos que poderiam ajudar a seu meritório trabalho. Sergio Costa e Silva é outro benemérito entre nós, com seu projeto consagrado aqui e em muitos países do “Música no Museu”, assim como o professor Carlos Alberto Serpa, com o seu Cesgranrio, pioneiro e exemplar, e a Casa Julieta de Serpa, onde desenvolve ações culturais e socais significativos. Ainda encontra tempo para atividades no mundo católico, sendo o membro maior da Ordem de Malta no Brasil. Deusdedith Nascimento, o grande ortopedista, que é há mais de 20 anos o voluntário que dirige e mantém de pé uma entidade da importância social e humana como a ABBR.
Assim como reconhecemos esses no presente, não podemos esquecer de legados admiráveis de homens e mulheres que serviram a instituições e causas de fundo social como Malu Rocha Miranda, Gisella Amaral, Stella Marinho, Paulo Niemeyer e Sérgio Carvalho, entre outros.
No Brasil, ainda é pequeno o número daqueles que retribuem à sociedade uma posição mais confortável, ao contrário dos americanos, por exemplo, que ajudam a fazer a grande nação tão respeitada e admirada. Por isso merecem ser lembrados e reverenciados os que estão neste front do voluntariado social.
Publicado em: Correio da manhã 13-05-22