Todos os notáveis encontraram em sua época, e mesmo depois de mortos, detratores. No mundo e no Brasil. Figura importante na formação do Brasil, que nos elevou a Reino Unido, D. João VI, rei de Portugal e do Brasil, ficou durante quase dois séculos marcado debochadamente como um apreciador de frangos, que comia com as mãos.
No entanto, é reconhecido como estadista de visão, que fugiu a fúria napoleônica, criando o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e projetando um Império com sede no Brasil e capital no Rio de Janeiro. Foi derrubado pelas forças políticas portuguesas. Atualmente, é reconhecido pelas qualidades e pelo que fez no Brasil, como a Biblioteca Nacional, das mais ricas do mundo, pois os 20 mil volumes que vieram de Lisboa não voltaram e estão aqui até hoje. Criou também o Jardim Botânico do Rio, a Imprensa Oficial e “abriu os portos às nações amigas”. E deixou aqui, como regente, o filho D. Pedro, que veio a proclamar nossa separação de Portugal, pois independentes já éramos desde 1815.
Outro contestado foi Rui Barbosa, com admiradores que o apontavam e apontam ainda hoje como o mais inteligente e preparado dos brasileiros. Mas com controvérsias, inclusive a de gostar de cobrar altos honorários e ter ambição demasiada, o que o levou a tentar a Presidência da República, sem sucesso, por duas vezes. Mas foi parlamentar, membro da Academia Brasileira de Letras e deixou uma pequena fortuna, que pode ser avaliada pela bela casa na Rua São Clemente, no Rio, hoje um centro de cultura federal. Inacreditável para os dias de hoje , Rui Barbosa se insurgiu contra a vacina obrigatória proposta por Oswaldo Cruz contra a febre amarela , que matava milhares de pessoas por semana no Rio de Janeiro .
A unanimidade é difícil…