A Academia Brasileira de Letras -ABL tem uma importância permanente na vida do Brasil, embora muito discreta em sua atuação. Aparece no noticiário sempre que morre um acadêmico e quando da eleição do sucessor.
No momento, a ABL tem, entre os seus 40 membros, três homens que foram presidentes da República: José Sarney, o mais antigo e eleito muito antes de ser presidente, Marco Maciel, pernambucano que também presidiu a Câmara dos Deputados e foi ministro da Educação, e Fernando Henrique Cardoso, professor e escritor, eleito depois de presidente. Antes, Getúlio Vargas foi acadêmico.
JK foi derrotado por uma atitude menor do então presidente Ernesto Geisel. Mas há quem acredite que, na verdade, teve os votos para a imortalidade, mas teria sido garfado na contagem, feita por um desafeto seu, mas homem forte entre os opositores do regime vigente. Nesta, Geisel, turrão, foi maquiavélico ao sugerir ao então presidente da Academia que o escrutinador, a atender sua vontade, fosse um homem de esquerda, opositor da Revolução, Hermes Lima, que foi Chanceler de Jango.
Talvez pela primeira vez em sua história, a Casa de Machado de Assis não possui um parlamentar em exercício de mandato em seus quadros.Estes foram muitos , como recentemente Luiz Vianna Filho, Barbosa Lima Sobrinho- constituinte de 34 – Roberto Campos, Jorge Amado ,Menotti Del Picchia, Oscar Dias Correa , Afonso Arinos , o sobrinho e o atual, sobrinho neto,entre outros.
E muita gente boa não quis a imortalidade acadêmica, como Érico Veríssimo, seu filho Luís Fernando,Gilberto Freire, Carlos Drummond de Andrade e Pedro Nava entre outros.