Gregor Mendel foi um sábio austríaco, padre agostiniano, considerado o pai da genética humana. Viveu no século XIX e nos deixou a Lei de Mendel, que trata da hereditariedade na transmissão de características físicas e de personalidade por gerações.
Estando na semana do aniversário de José Antônio Nabuco de Magalhães Lins, é a oportunidade de ver entre nós um exemplo do trabalho do pesquisador e estudioso na vida de nossa gente. As qualidades de um povo construídas no anonimato do trabalho, da vida familiar e do exercício da solidariedade.
Impressiona aos que conhecem este discreto cavalheiro, homem gentil, nobre educado, como define o Aurélio, a herança dos ilustres troncos familiares de que é descendente, raridade fora da realeza nos chamados quatro costados em nossos tempos.
Este elegante cidadão de referência tem a categoria e o porte do bisavô Joaquim Nabuco e o espírito público do bisavô Afrânio de Melo Franco pelo lado materno. Filho do emblemático banqueiro José Luiz de Magalhães Lins, o homem que humanizou e deu sentido social à banca no Brasil, herdou dos Lins o gosto pela leitura do bisavô Edmundo Lins, ministro do Supremo Tribunal, e a doçura e a simplicidade mineira da avó Alice Magalhaes Pinto. Nininha Nabuco Magalhães Lins, sua mãe, é referência em sua geração na bondade e no carisma familiar forjado em qualidades humanas de alta espiritualidade. Silvia, (Vivi), a tia é herdeira de Nabuci e da mãe Maria do Carmo, na bravura c[Ivica.
Justifica se constituir em referência da Lei de Mendel ser ele um de cinco irmãos, todos com homogeneidade nos traços da nobreza com simplicidade e discrição. Família unida nos sentimentos e no comportamento. A relevância que cada um conquistou por suas atividades e qualidades não retirou a marca da humildade, característica dos verdadeiros nobres.
O Brasil precisa conhecer, e usufruir, destes segmentos de famílias antigas, que nos deram bases culturais, éticas e morais para o que somos como sociedade plural, cordial, empreendedora e com exemplos de real e desinteressada vida pública e correta vida privada.
Estes descendentes do abolicionista Joaquim Nabuco mostram no convívio com seus contemporâneos que somos um povo uno, sem discriminação, sem preconceitos, com cordialidade e solidariedade na alma. Nossa gente não abriga ressentimentos, cobranças, divisões. Mostram aos pobres de espírito as virtudes do compromisso maior com seus ancestrais nos princípios cristãos.
Publicado em: O Dia 13/05/2024