Getting your Trinity Audio player ready...
|
Muitas democracias como a brasileira têm tido um custo muito elevado para as camadas mais modestas da população, privilegiando os políticos bem remunerados nos mandatos obtidos ou cargos exercidos. Embora com graves problemas nos salários baixos, na desigualdade, na péssima prestação de serviços públicos de saúde e segurança, o Brasil de Lula da Silva está mais preocupado com a reação de Israel ao Hamas e a invasão da Rússia à Ucrânia. No campo interno o debate são os processos contra Bolsonaro, as tentativas de aumento de impostos, as acusações ao “super-ricos ” e a ” elite branca”. Reformas que diminuam os custos do Estado, melhore a gestão do orçamento da saúde e da educação e contenha a escalada da violência ficam em segundo plano. O Brasil – e Portugal- estão entre os países com maior gasto relativo ao PIB com o Legislativo. Muitas vezes mais do que nos tempos das ” ditaduras”, que na verdade eram regimes autoritários e austeros. Curioso que estes ” novos democratas” muitos egressos dos quadros da ” ditadura do proletariado” parecem mais preocupados em apagar da memória nacional aqueles anos do que exercerem a boa democracia com progresso.
Lula da Silva tanto provocou Trump que acabou tendo uma resposta que trará problemas a muitas empresas brasileiras. A tarifa imposta prejudica setores relevantes da exportação, como café, suco de laranja, autopeças e celulose. E o filho de Bolsonaro, que é senador, não perdeu oportunidade de falar bobagens e afirmou que, se o Brasil anistiasse o pai nos processos que responde e o tornou inelegível, os EUA recuariam nas tarifas. Inacreditável!
VARIEDADES
· Centenas de torcedores do Vasco da Gama, time do Rio de Janeiro, originariamente da comunidade portuguesa, se apresentaram como voluntários para trabalharem nas obras de reforma do estádio. Entre eles, pintores, pedreiros, engenheiros e eletricistas.
· A Justiça do Rio de Janeiro rejeitou pedido do Ministério Público, de inspiração da esquerda, para demolição do Memorial do Holocausto, na divisa de Botafogo com Copacabana.
· Começa a crescer os donos de grandes fortunas e empresas a promoverem doações para filantropia. O ex-banqueiro e ex-deputado Ronaldo Cezar Coelho está dotando a cidade de Vassouras, de museu e centro de estudos voltados para a cultura em belo imóvel que foi a Santa Casa da cidade, além de manter creches e escola para menores. Elie Horn, fundador da Cyrela, gigante do imobiliário em São Paulo, dedica seu tempo à filantropia e já destinou mais da metade de sua fortuna de meio mil milhões de euros para entidades que vem apoiando. Rubens Menin, empresário imobiliário e concessionário da CNN Brasil, além de banqueiro, tem movimento que congrega dezenas de grandes empresas com obra monumental no Nordeste mais pobre. O maior, entretanto, é Guilherme Leal, da Natura, mas Lemann, da Ambev-Inbev, é outro grande doador. As chamadas ONGs vão perdendo força, pois acabam sendo cabide de emprego para militantes de esquerda das classes médias. Com a morte dos grandes empresários portugueses dos anos 60 para cá, as doações no Brasil caíram muito. As Santas Casas, mais de 300, sempre foram sustentadas pelos portugueses.
· Em entrevista ao jornal O Globo, Ricardo Amaral, “o rei da noite no Rio”, selecionou as casas noturnas que fizeram dos anos 50 a 70 dourados, e cita Black Horse e Le
Bateau, como marcantes e inovadores. Os irmãos Castéja, franceses, eram filhos do Conde de Castéja e moradores na Quinta de Manique. A condesse era irmã de Beatriz Patino, o que provocou a ida do casal para o Estoril.
Publicado em: SITE SEMANARIO SOL PT 19/07/25