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Os resultados apresentados pelos governos de esquerda, em especial aqueles que incluem alianças com o que existe de radical e predatório no marxismo, abrem, neste momento, a chance de as populações reagirem. E a reação não tem sentido político-ideológico, mas simplesmente lógico, natural, diante do preço que, no caso das democracias formais, com eleições livres, a população vem pagando.
Governos de esquerda são inchados no funcionalismo, que geralmente ganha muito e trabalha pouco, nos impostos verdadeiramente insuportáveis, nos orçamentos paralelos criados, como a fábrica de coimas no trânsito, no estacionamento irregular, numa pressão rigorosa sobre o cidadão. E a péssima prestação de serviços públicos, em que os locais de atendimento, sejam de saúde, de documentação ou de transportes, estão permanentemente congestionados. E, claro, muitos casos de corrupção com impunidade garantida pelos caríssimos tribunais, que vivem de uma legislação defasada do mundo moderno, na lentidão, na quantidade de recursos, nos prazos não cumpridos e nos privilégios dos magistrados que fazem o que bem entendem e quando entendem.
As forças do centro democrático e centro direita que assumem a defesa do capitalismo social, com atração de empresas, menos impostos, melhores serviços. E sem constrangimentos em combater à imunidade racial, que garante a desenvoltura de minorias agressivas, usuais da violência e dos pequenos delitos, conseguem algum resultado positivo nas populações. As recentes eleições nos EUA, no Estado da Virgínia, mostraram que a decepção com a proposta democrata é grande. No Brasil, o desastrado presidente Bolsonaro se mantém com popularidade razoável menos por si, que deixa a desejar, e mais pelo verdadeiro pânico de uma volta aos anos das esquerdas no poder.
É esperada uma proposta de choque de liberdade na economia, no empreender e na eliminação de parte da burocracia que serve apenas para justificar tantos funcionários públicos, pagos naturalmente com o sacrifício dos que trabalham e investem na produção, no mundo real do comércio e dos serviços.
O chamado “politicamente correto” da aceitação do que as mídias dominadas pela mensagem socialista-populista ditam, não está mais com nada junto ao povo. Faltam lideranças, e até apoio empresarial, para que a virada se dê onde a incompetência esquerdista tem se feito sentir.
A Argentina terá eleições por agora, e mostrará o repúdio ao governo da demagogia e da irresponsabilidade. O Brasil marcha para enfrentar a chamada terceira via, que vai afastar a disputa Lula-Bolsonaro, mas nenhuma em condições de levar o país a cumprir a divisa de sua bandeira de ordem com progresso.
Na França, a esquerda não existe, e os pleitos se resumem à disputa do centro e centro-direita com a direita. O francês está farto dos impostos, da violência urbana, da sobrecarga dos serviços públicos pela grande população recente, que chega trazendo ineficiência aos sistemas de saúde e dando trabalho ao setor policial. São dados e não opiniões.
O que se passa na Venezuela mostra até onde pode chegar a leniência com o marchar dos governos mais à esquerda. A questão já não é política, é de sobrevivência, de pragmatismo.
A liberdade e o progresso possível vivem momentos decisivos. E parece que positivos.
Publicado em: Jornal O Diabo Portugal / Lisboa