O Clube de Engenharia sediou o lançamento do livro sobre os 50 anos da empresa Geomecânica, das mais tradicionais da nossa engenharia, de tecnologia de ponta, e os 80 de seu fundador, ex-presidente do clube, Francis Bogossian.
O Rio de Janeiro deixou de ser capital, mas não perdeu a relevância no cenário nacional. Entre outras instituições de relevo, são as sedes da Academia Brasileira de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico, Memória da Eletricidade, da Academia Nacional de Medicina, Instituto Militar de Engenharia, Fiocruz e da Escola Superior de Guerra que asseguram a importância da cidade.
O Clube de Engenharia tem uma tradição de grandes brasileiros, como Paulo de Frontin, Marques Porto, Maurício Joppert da Silva, Plínio Cantanhede e Hélio de Almeida. Francis, em sua geração, está à altura destes todos, não só como engenheiro, professor universitário, empresário, mas como dirigente sindical das empresas de engenharia por muitos anos.
O clube foi fundado no Império, em 1880, e marcou presença em importantes momentos da vida nacional, como no caso da abolição. Entre seus ilustres membros estavam os engenheiros Irmãos Rebouças, que eram afrodescendentes. Aliás, muita gente não sabe que cada galeria do túnel Rebouças leva o nome de um dos irmãos. E no Túnel Novo, em Copacabana, uma das galerias tem o nome de Engenheiro Marques Porto, também ex-presidente do clube.
A reunião encheu o salão da instituição, pois, ao lado do engenheiro e empresário, coexiste uma figura humana admirada e respeitada, de impecável presença na vida da sociedade. Foi filho dedicado de Jacob Bogossian, marido de Hildegard Angel e pai de João Pedro. Amigo presente e por tal é fácil concluir que as homenagens recebidas foram pelo chamado “conjunto da obra”.
Poucos podem ver seus 80 anos comemorados desta forma. Francis fez por merecer.
Publicado em: jornal Correio da Manhã 14/12/22