Turismo que emprega e gera renda é o da classe A. Esta hospeda, come, bebe e faz compras. Os demais chegam, passam no Museu Imperial, visitam a Catedral, a Casa Santos Dumont e vão embora. Quando muito, fazem uma refeição.
Mesmo nesta semana com feriado, o que se percebeu foi pouco movimento nos restaurantes. Lotação rentável só nas casas de sucesso como Soberano, em Itaipava, e Afrânio, em Araras. Os hotéis e pousadas estavam com boa ocupação, mas com gasto inferior à média.
Em Itaipava, evento popular no Parque Paulo Rattes congestionou o trânsito e afetou o movimento dos restaurantes mais caros. Um problema que precisa ser resolvido. Este publico não gera renda . O Horto Mercado ficou aberto, mas o movimento deixou a desejar. É preciso atrair a fidelidade dos chamados veranistas para manter o comercio aquecido. O Quitandinha pode ter papel imposte, pois está na posse da FECOMERCIO , que vive um bom momento . Local ideal para encontros de empresários ligados ao sistema CNC-FECOMERCIO .
É necessário que se tenha um calendário sustentável de eventos, englobando espaços privados, como o Quitandinha, e públicos, como o Palácio de Cristal. Atração de congressos de médio porte, cursos e seminários de alto nível durante a semana. Mais áreas da medicina – com telemedicina, por exemplo –, Sebrae, informática e algo relacionado a estudos de história.
Não se tapa o sol com peneira. A semana foi positiva, mas podia ter sido melhor e devemos todos unir esforços para consolidar o município como alternativa de turismo no mercado nacional e não apenas estadual. Realismo nunca e demais!
Publicado em : Diário de Petropolis 20/11/22