A nova equipe econômica tem de ser rápida na adoção de medidas de salvação nacional. E precisa incluir o resgate dos estados para regularizar serviços públicos e facilitar a geração de empregos.
Já lembramos que a Zona Franca de Manaus pode sofrer pequenas alterações para aproveitar sua mão de obra. Basta um simples pacote regulatório de uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE), assim como a liberação de toda e qualquer barreira na compra e venda de produtos nos municípios da zona de fronteira, inclusive itens da indústria do petróleo, como combustíveis, sempre em moeda nacional.
A volta dos bingos traria de cara mais cem mil empregos em todo o país. Nos jóqueis do Rio, São Paulo e Porto Alegre, a instalação de máquinas para jogos baseados em corridas de cavalos, também geraria empregos e animação nas três cidades. Tudo depende de canetada e não de dinheiro, que o governo, sabidamente, não tem.
Reativar a indústria naval e facilitar a cabotagem com legislação moderna nos portos são medidas bem-vindas. Também é preciso coragem para enfrentar interesses corporativos ou econômicos. Assim como a defesa do Proálcool, garantindo a produção pela via de preços e na colocação no mercado internacional do etanol brasileiro, que ficou na orfandade e sofrendo verdadeira sabotagem da Petrobras.
Tem que se aumentar a base de contribuintes do Imposto de Renda pela via da simplificação e da razoabilidade. Não é possível que, nas declarações de bens, não possa ser aplicada uma correção sobre o valor imobiliário e de obras de arte compatível com o mercado.
Para engrossar o caixa em curto prazo, um desconto de 50% nos valores refinanciados via REFIS e acordos na mesma linha em processos já em segunda instância. Medidas de mercado e não de proselitismo. E necessitam apenas de vontade política, coragem, agilidade e bom senso.