Um administrador experiente como Eduardo Paes tem de ser pragmático. Ele sabe que foi eleito por esta marca e não por articulações políticas.Anda convocando gente que não vai estar com ele em 22 ou 24.
O seu futuro não dependerá dos acenos a uns e a outros, mas sim dos resultados na administração municipal. E o Rio precisa ser olhado pelo lado do desenvolvimento econômico, da atração de polos no setor de serviços, no fortalecimento do turismo, no olhar para a zona sul e o centro como regiões geradoras de recursos e empregos e não como mera paróquia eleitoral formadora de opinião.Lavrou um tento chamando o liberal Chicão Bulhões.
O comércio deveria ter horários mais flexíveis, até por motivo de segurança pública, mantendo as ruas mais movimentadas no início da noite. E incentivar, inclusive com áreas concedidas, locais de convívio para a terceira idade, para os que vivem só.
Os cuidados com a imensa população de rua poderiam ser entregues a entidades religiosas, de todos os credos, que receberiam uma bolsa e fariam a gestão. Evidente que uma entidade religiosa não vai correr o risco da desmoralização pela via de má gestão de recursos públicos para atender a pessoas em estado de abandono. Esta gestão privada de acolhimento, noturno inclusive, criaria uma rede de proteção, com geriatras, terapeutas e psicólogos, sem aumentar a folha municipal. E incentivaria doações dos seguidores das religiões que participassem.
Os templos possuem sempre uma área construída que pode servir de base para o trabalho. A Prefeitura daria pouco, receberia muito e não teria de se preocupar em gerir situações tão diferentes, em que a burocracia torna impossível de ser bem resolvidas. As iniciativas simples costumam dar respostas rápidas e positivas.
Uma distribuição de horários de diferentes atividades poderia influir muito na melhoria da mobilidade urbana, descongestionando o transporte público. Nem tudo depende de recursos financeiros. O Rio precisa de pragmatismo e ficar atento ao elitismo dos que preferem uma boa mídia a uma boa atuação.Votamos em Paes certos de que ele sabe o que fazer.
Mas não custa nada alertar.