Realmente, um exército de jornalistas, escritores, atores e agora até jogadores de futebol valem mais do que batalhões de soldados e divisões de blindados. A esquerda, que perdeu o poder militar com a falência na economia do bloco comunista – hoje em recuperação, graças ao capitalismo –, está conquistando a cabeça das novas gerações e preparando-se para tomar o poder e impor suas ideias sem dar um único tiro.
O capitalismo que gera riqueza, cria empregos, desenvolve tecnologias, faz avançar a medicina, exerce a meritocracia e garante a liberdade de imprensa. Mesmo assim, é considerado fator de injustiça social e exploração do homem. Não se explica o motivo de grandes democracias serem coincidentemente capitalistas e socialmente mais justas, com melhor distribuição da renda nacional. Como não se explica o por que dos EUA serem uma nação tão odiada e todo mundo querer estudar ou trabalhar lá.
O chamado mundo ocidental, com bases na filosofia judaico-cristã, de valorização da família, do exercício da caridade e da solidariedade, é alvo de ataques por cultivar valores ultrapassados. As relações entre pais e filhos e alunos e professores tradicionais também são combatidas. Respeito, disciplina, obediência, ordem e regras são coisas ultrapassadas nas escolas e nas famílias. Religião é mesmo o “ópio dos povos”.
Europeu avançado, esclarecido, generoso é aquele que acolhe refugiados, verdadeiros ou não, em seus países, abrindo mão da segurança, da defesa de sua cultura, até do idioma. Tudo em nome da solidariedade a necessitados. Estes chegam com telemóveis, algum dinheiro no bolso e pagam bem aos transportadores. Chegam e buscam os serviços públicos de saúde e muitos optam por buscar seu sustento na delinquência. Mas são intocáveis e devem ser acolhidos. Não nas casas do hospitaleiros adeptos das teses de esquerda, mas às custas de todo mundo que paga impostos, obrigados a arcarem com as despesas e incômodos desta curiosa postura.
No mais, os gastos públicos se multiplicam em atividades desvinculadas de obrigações até pouco tempo tidas como prioritárias dos governos. A saber: a educação, a saúde e a segurança dos cidadãos. O dinheiro, hoje, vai para o assistencialismo dos que chegam sem qualificação, sem condições de autos sobrevivência, além de projetos de ONGs, chamadas de organizações não governamentais, mas que, na verdade, vivem de recursos públicos. O empregado nestas entidades estão naturalmente dispensados de concursos ou qualquer tipo de seleção que não as de cunho político ou no velho e clássico nepotismo.
Militares e conservadores em geral são sempre alvo de chacota e personagens da história condenados ao silêncio. Quando não, molestados depois de mortos, como recentemente aconteceu na Espanha.
A Igreja sofre, talvez minada por vocações equivocadas, que colocam em risco seu prestígio e credibilidade de mais de dois milênios. Até o Santo Padre é limitado a fazer apelos, sem resposta do Colégio de Cardeais no afastamento daqueles que cometeram graves erros em todo o mundo. O sinal visível a que se refere o Código Canônico não é mais respeitado por religiosos de ambos os sexos. Usar batina ou clergyman (clérgima) “não está mais na moda”.
E os capitalistas então? Entregam as grandes empresas e suas economias a executivos que ignoram os riscos políticos, a alta dos custos pela demagogia da legislação laboral, de olho nos bônus a que se atribuem, inclusive em detrimento de acionistas.
Não temos mais quem saiba pensar o amanhã, proteger o hoje e respeitar o ontem.
Que mundo!
Jornal O Diabo – Portugal/Lisboa.