O Brasil anda precisando de confiança, coragem, autenticidade para superar o difícil momento que está se prolongando. E afetando não apenas a economia, o emprego, mas a autoestima da sociedade e provocando um verdadeiro êxodo.
Foi publicado que apenas este ano mais de 20 mil brasileiros deixaram de ter domicílio fiscal aqui, o que representa que foram viver lá fora. E não mais é a turma de Governador Valadares em busca de dias melhores, mas contribuintes que levam economias e a esperança de dias melhores por aqui, seja no plano do desenvolvimento, seja no ético e moral, e na própria segurança pública. A fuga é também em parte por temor do risco político, na medida em que a segunda maior cidade do país levou ao segundo turno da eleição municipal um candidato de extrema esquerda, simpatizante dos regimes da Venezuela e de Cuba.
As medidas econômicas em curso precisam ser acompanhadas de um pacote de simplificação fiscal, mesmo que sem diminuição da carga em face da crise. Mas menos burocracia e menos ameaças ao cidadão. E reais estímulos ao investimento na produção, na absorção de tecnologia, na busca da competitividade.
É inquestionável que estamos em situação muito inferior a da maioria dos países em termos de mão de obra qualificada, racionalidade tributária, legislação trabalhista e infraestrutura, especialmente energia e transportes.
Não adianta propor parcerias sem atrair parceiros, corrigir distorções pela metade, propor uma anistia que suscita dúvidas e proposta pelo governo anterior, de viés esquerdista. Deveria ter surgido uma nova proposta, próxima daquelas que deram certo em outros países.
Precisamos não apenas do espírito de JK, de seu otimismo e audácia, mas do ambiente de euforia que marcaram os cinquenta anos em cinco. E a vontade de unir, de sugerir uma sociedade fraterna, voltada para o progresso e a paz interna. JK enfrentou duas rebeliões e as anistiou ainda em seu mandato.
A história se repete, como aconteceu com JK , uma vez que os anos de crise após seu mandato se deram em função de um resultado eleitoral desastroso. E ele tentou a união nacional em torno de um grande nome, que era o de Juraci Magalhães. Embora não tenha escolhido o candidato na sua sucessão, as forças políticas que o apoiavam escolheram mal. Assim como o prefeito do Rio, com o espírito realizador de JK, deixou-se perder no desastre eleitoral que não soube perceber inevitável.
Precisamos aprender mais com o passado!!!