Os militares de alta patente ligados ao governo, incluindo o vice-presidente, Hamilton Mourão, e políticos experientes manifestam preocupação com a relutância do presidente Bolsonaro de reconhecer sua inviabilidade eleitoral. O nível de rejeição dificilmente será revertido, o que o coloca como que previamente derrotado numa eventual segunda volta.
A esse grupo, junta-se o alto empresariado, especialmente o de São Paulo, que estaria assustado com a possibilidade da volta de Lula ao poder, menos por ele e mais pelo seu entorno, muito radical. O que ocorre no Peru, Argentina e no Chile é a eleição de uma esquerda radical, disposta a acompanhar o movimento denominado “bolivariano”, um eufemismo para o comunismo criado por Hugo Chávez, na Venezuela. No Chile, com a sociedade muito dividida, já teve início a fuga de capitais. Os empresários acham que, dessa vez, não haverá um Pinochet para resgatar a democracia e o capitalismo no país andino.
Entidade empresarial encomendou exaustivas pesquisas em busca de um nome que poderia obter as simpatias do presidente, que efetivamente tem cerca de 20% do eleitorado de fidelidade incondicional. Chegou-se à conclusão de que dois de seus ministros, Teresa Cristina, da Agricultura, e Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, poderiam conquistar o eleitorado de centro-esquerda, centro, centro-direita, derrotando até com facilidade a candidatura de Lula da Silva. Bolsonaro teria uma saída honrosa, pois seria sucedido por um membro de seu governo e teria, logicamente, a garantia de não ser importunado. A maior dificuldade é que o presidente é cercado de uma corte sem condições de uma interlocução positiva com ele.
Os problemas de saúde do Presidente esta semana, que o levaram a uma internação hospitalar em São Paulo, lançam novas especulações e ensejaram lamentáveis manifestações de mau gosto de intelectuais, artistas.
VARIEDADES
· Silvio Santos, o dono de da terceira rede de televisão do Brasil, aos 91 anos, deixou de apresentar seu programa dominical; foi substituído por uma das filhas. SS, há muito, divide seu tempo entre São Paulo e Miami.
· Denúncias de assédio sexual contra religiosos do Mosteiro de São Bento, em São Paulo, leva muitos deles a depor na Polícia. Uns abandonaram a batina e outro morreu de COVID.
· Chocante o vídeo sobre a Ilha Margarida, no caribe venezuelano, que era destino turístico de brasileiros mais sofisticados da região norte e até de Brasília. E muitos americanos, colombianos. Virou uma cidade-fantasma, onde havia comércio de grifes internacionais, hotéis de primeira, aeroporto movimentado. Na alta temporada, restaurantes de referência americanos ou europeus abriam as portas ali. A população caiu pela metade nos últimos cinco anos.
· A Lufthansa volta a operar no aeroporto do Rio .
· Especula-se que em eventual vitória de Lula da Silva na presidencial de outubro, o Ministro da Economia seria Benjamin Steinbruch, empresário da área siderúrgica, têxtil e pecuária. Seria uma opção por alguém da área produtiva e não das finanças, como tem sido tradição.
· SOBRANDO vacinas da Pfizer destinadas a terceira dose. Foram aplicadas até o final do ano menos de vinte milhões das quarenta milhões de doses reservadas para este fim. Mas no Rio terminou o estoque da vacina da gripe