A União Indústria não tem condições de ser alargada; talvez, no centro de Itaipava, a pista dupla possa ser estendida até a rodoviária, mas com alguns problemas. A situação do trânsito já é caótica em certos horários. A entrada vinda da BR, via Bonsucesso, engarrafa pela manhã e tarde, o mesmo ocorrendo no Km 58, no acesso via Ponte 31 de Março. A população local se sente prejudicada e o comércio sofre. Para o trecho que vai do final da Avenida Rio Branco até a entrada de Samambaia, não há nada a fazer para melhor escoar o movimento.
A situação tende a se agravar com as construções de conjuntos habitacionais na região, alguns prontos e sendo ocupados, outros em obras. O aumento da população na área vai degradar a qualidade de vida pelo engessamento da única via de união da área. E o comércio ficará sem as mínimas condições de receber a clientela, que, logicamente, precisa ter onde estacionar os seus carros.
Em frente ao Horto Mercado, um novo centro comercial está para ficar pronto em semanas. Uma bela obra, mas que vai congestionar mais aquele ponto, que já tem retenções em alguns horários. É preciso avaliar, para não matar o distrito que emprega e contribui muito na arrecadação municipal.. Se entrar ali for comparável a ingressar numa ratoeira, o comércio e os serviços vão sofrer muito. E os dias gloriosos, de valorização imobiliária, de sucesso de vendas para uma clientela de alto poder aquisitivo, irão pelos ares.
Paralelamente a essa ocupação especulativa, as margens da BR estão sendo alvo de novas comunidades populares e ao lado do rio. Nos Km 55 e 58, são visíveis as construções camufladas por uma vegetação já insuficiente para ocultar o uso criminoso do terreno.
Todo cuidado é pouco. Muita gente já se dirige a Araras para compras, assim como Pedro do Rio, Secretário e Areal. Um filme conhecido, que já prejudicou muitas cidades de sentido turístico, no Brasil e mesmo em outros países .
Publicado em : Jornal Diário de Petropolis 10-04-22