Urge uma aliança do município, suas lideranças empresariais e os governos do Estado e da União para atração de investimentos que gerem emprego e renda à cidade de Petrópolis. São estes que podem fornecer os recursos para resolver os dramas da população, a começar pela questão habitacional e deslocamento de população e empregos para os distritos.
A cidade já teve empreendedores relevantes, que a fizeram no passado. Na moda com clientela do Rio e Niterói, além da local: a May Fair e do De Carolins, os hotéis Casablanca, Casa Gelly, os cinemas de Luiz Severiano, Capitólio, Petrópolis e D. Pedro. Sem contar os empreendedores como José Carneiro Dias, a família Faraco, os industriais do importante polo têxtil, todos com residências no local, como José Soares Maciel, da petropolitana, Eurico Amado, da Cometa, Alfredo Marques Vianna, da Santa Isabel e outros.
Hoje, sobrevive na indústria local empresas de alta qualidade como a GE Celma, a Garboni, a Andritz, a Werner, a Zeiss, a cervejaria Itaipava e outras. Prova de que o município tem mão de obra próxima de mercados como Rio, Baixada, Juiz de Fora e Zona da Mata, tudo para captar investidores. Mas é preciso uma política receptiva ao investimento, gerando um ambiente para empreendimentos. As maiores empresas, atualmente, estão muito concentradas no imobiliário, que é importante, mas que não pode fazer da cidade e seus distritos destinos de aposentados. É preciso de bons empregos para a juventude preparada nas suas escolas técnicas e faculdades. Muito a ser melhorado, como a medicina, já de referência no setor público como no privado.
Desenvolvimento sustentado não se baseia apenas no comércio e nos serviços, é preciso um braço industrial forte. E, pelo visto, isso depende de projeto e vontade política dos entes envolvidos.
O ano eleitoral é bom para se tratar deste assunto
Publicado em: site Diário de Petrópolis 17-04-2022