O pequeno Paraguai vem se colocando entre os três maiores crescimentos econômicos da América do Sul nos últimos anos. No momento é avaliado como podendo crescer mais de 4% este ano. A presença brasileira vem se firmando, sendo estimada uma população entre 300 e 400 mil brasileiros, o que coloca o país disputando o segundo lugar com Portugal. A produção agrícola e a pecuária são predominantemente de empresas brasileiras, que para lá migraram na fuga dos altos impostos. E a indústria cresce com a montagem de produtos oriundos do Brasil, especialmente autopeças, com benefícios fiscais. Tudo decorrência dos governos conservadores, amigáveis ao investimento. Quase pleno emprego.
As recentes eleições apresentaram resultados curiosos, uma vez que a imprensa mundial anunciava uma disputa acirrada entre o candidato do centro-direita e o das esquerdas unidas. Os conservadores ganharam, com o jovem Santiago Peña, com incrível vantagem e as esquerdas por pouco não perdiam o segundo lugar para um radical de direita. Os colorados fizeram ampla vantagem no Parlamento.
A Argentina, país abençoado por terras ricas, produção de petróleo, energia renovável, agricultura forte e população com bom índice cultural, enfrenta dificuldades com inflação a mais de 100% e falta de divisas para honrar compromissos de seu dia a dia.
O presidente Alberto Fernández foi pessoalmente a Brasília para pedir que o governo brasileiro, comandado por seu amigo Lula, garanta os créditos das empresas brasileiras e continuem a vender. É grande o volume de recursos que está retido para remessa aos fornecedores brasileiros pelas autoridades das finanças, além de os próprios importadores estarem em falta com as empresas brasileiras. Seriam mais de duzentas as empresas que deixaram de vender para Argentina face aos não recebimentos.
A Argentina tem problemas de corrupção e influência sindical forte nas políticas públicas. O ministro das Finanças, Sergio Massa, é o candidato nas eleições de outubro dos peronistas. E o pedido de Fernández é para o Brasil financiar o país até lá.
O agravamento da crise argentina vem da repetição da prática conhecida por confisco cambial. Ou seja, a empresa que deve em moeda forte não consegue converter para pagar e as que recebem têm as divisas convertidas ao fraco peso argentino. Por isso o Uruguai e o Paraguai avançam na venda no mercado internacional de carne de qualidade, parte supostamente contrabandeada.
Lula da Silva, em mandatos anteriores, e Dilma andaram garantindo as vendas para os bolivarianos, com prejuízos ao Brasil estimados em alguns mil milhões de dólares. O ministro responsável da aviação comercial anunciou que o Brasil iria restabelecer voos para Caracas e Havana. Ocorre que os voos foram suspensos justamente pela falta de conversibilidade das moedas e consequente prejuízo. As dívidas não quitadas pela Venezuela, Nicarágua e Cuba cobertas pelo tesouro brasileiro são enormes.
A reação das entidades empresariais do Brasil e do mercado financeiro tem sido grande na condenação do socorro às fracassadas economias de esquerda, quando o Brasil tem dificuldades e pede sua reindustrialização.
O compromisso ideológico fala mais alto. E parece que o aval oficial as exportações para os bolivarianos vai ser dado.
O Chile e a Colômbia já reagem a seus recentes equívocos eleitorais.
O Chile deu maioria absoluta a direita na eleição para uma nova Constituição.
No caso da Ucrânia, foi ao ponto do Brasil ter cedido os tanques Leopoard solicitados pela Otan, mas sem a munição..
Publicado em: Jornal O Diabo