Curioso é que se insiste em falar que o Brasil perdeu presença internacional pelo não alinhamento com as teses da nova esquerda. No entanto, a realidade parece diferente, mais um fenômeno da mídia esquerdista e de políticos que querem aparecer, aqui como lá fora. Os brasileiros não são discriminados, até por não existirem fatos que justificassem isso. No meio ambiente, nossa situação é mais confortável, pois, por questões climáticas inclusive, temos menos incêndios do que na Europa e EUA e grandes áreas preservadas. Não podemos é condenar milhões de brasileiros a uma vida sem qualidade, quando, com recursos, muito pode se fazer no manejo de terras e na exploração da madeira.
Nos últimos sete anos, a Organização Mundial do Comércio foi dirigida por um brasileiro, o embaixador Roberto Azevêdo. É o mais importante fórum econômico do mundo. E, mesmo sem interferência oficial, brasileiros marcam presença relevante em organizações multilaterais.
O banco que reúne os BRICS tem na sua presidência uma das maiores cabeças pensantes do momento, com obra reconhecida no exterior. Trata-se de Marcos Troyjo, que foi diplomata, é escritor, professor, gestor, cujo valor intelectual costuma ser comparado ao de José Guilherme Merquior. O economista Ilan Goldfajn, que foi diretor e presidente do Banco Central em momento importante em nossa economia, com passagem pelo setor privado, foi eleito presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), confirmando o reconhecimento de nossos parceiros na qualidade de nossos quadros.
E por último, e não menos importante, Roberto Campos Neto, o admirado presidente do Banco Central, foi eleito para o Conselho da América no Banco de Compensação Internacional (BIS), sucedendo ao ex-presidente do Federal Reserve dos EUA. No mais, a comunidade financeira internacional reconhece o mérito do economista formado nas melhores escolas americanas na condução de nossa política monetária e no tornar o Banco Central brasileiro independente, o que foi um sonho do ilustre avô e que o atual governo tornou realidade. Roberto Campos Neto marcha para ter o mesmo reconhecimento do avô, que, com Eugênio Gudin, foi o mais lúcido economista brasileiro.
Pena que a radicalização que infelicita o Brasil propague tanta coisa negativa, atropelando por vezes a verdade, quando, na realidade, este governo entrega um país com bons resultados em seus números e restrições ao Brasil é apenas vontade das esquerdas.
Publicado em: Jornal Correio da Manhã 02/12/22