Minas Gerais apresenta o melhor quadro entre os estados brasileiros no que diz respeito à qualidade de seus prefeitos. O valor que os mineiros dão à política municipal, base da democracia e da nacionalidade, faz com que alguns de seus grandes nomes tenham passado pelos executivos municipais, mesmo depois de carreiras vitoriosas em nível estadual e nacional.
Minas Gerais apresenta o melhor quadro entre os estados brasileiros no que diz respeito à qualidade de seus prefeitos. O valor que os mineiros dão à política municipal, base da democracia e da nacionalidade, faz com que alguns de seus grandes nomes tenham passado pelos executivos municipais, mesmo depois de carreiras vitoriosas em nível estadual e nacional.
No passado recente, tivemos o senador e ministro da Indústria e do Comércio Murilo Badaró, do primeiro time da política nacional, encerrando sua carreira como prefeito de Minas Novas, sua terra natal. Antes, o ex-deputado e ministro do Tribunal de Contas da União e de São Paulo Olavo Drummond, após se aposentar, disputou e venceu a eleição municipal em Araxá. No passado mais remoto, tivemos um dos maiores estadistas da República, o presidente Antônio Carlos, prefeito de Juiz de Fora e depois de Belo Horizonte, e JK, que foi governador e presidente da República e teve como primeira função pública de relevo na Prefeitura de BH, que o projetou nacionalmente. Itamar Franco foi da Prefeitura de Juiz de Fora para o Senado, passando pela Presidência da República e pelo Governo do Estado. Patos de Minas projetou em Minas e no Brasil seu prefeito Arlindo Porto.
Hoje, Minas tem no comando de importantes cidades de porte médio políticos experientes e que podem amanhã disputar qualquer eleição majoritária. São os casos de Barbacena, com o ex-deputado Toninho Andrada, em segundo mandato, que renunciou ao conforto do Tribunal de Contas do Estado para atender ao chamamento da cidade em que sua família é a maior referência. Em Sete Lagoas, Márcio Reinaldo, deputado federal de prestígio no Congresso por várias legislaturas, exerce a Prefeitura com sucesso. Mais adiante, Curvelo tem no terceiro mandato Maurílio Guimarães, sólida liderança local ereconhecido gestor de qualidade.
Belo Horizonte, a capital, tende a ter como principal candidato o jovem deputado Rodrigo de Castro, dirigente nacional do PSDB e, por duas vezes, o mais votado parlamentar na ampla coligação a que pertence. É um político reconhecido pela assistência permanente que dá aos prefeitos dos municípios em que é votado, sem discriminar o maior do menor. A pequena, mas emblemática, Conceição do Mato Dentro deve ter de volta o ex-deputado José Fernando de Oliveira, que, no primeiro mandato, marcou algumas conquistas emblemáticas para a cidade que é referência cultural e política na região.
A reforma tributária tão aguardada deveria fortalecer os orçamentos municipais, descentralizando, assim fortaleceria a democracia e faria com que a qualidade dos gestores ganhasse um novo impulso. A legislação atual permite agilidade para deter equívocos e malfeitos. A Prefeitura é a entidade pública mais próxima do cidadão e por tal deve ter condições financeiras de atender aos reclamos mais consensuais e urgentes. Os estados ficariam com os grandes projetos e a coordenação das políticas regionais de desenvolvimento. O inchaço dos estados tem sido fator agravante da crise nas contas nacionais.
O ano que se inicia é de eleições municipais. É hora de se pensar seriamente no papel dos municípios no processo de desenvolvimento econômico, social e político do Brasil. E os partidos políticos assumirem a responsabilidade na escolha de seus candidatos, incluindo vices.