A reeleição de Cláudio Castro, entre outras vantagens para o Estado do Rio, vai proporcionar uma renovação na classe política interessante e necessária. Uma troca de geração, sem prejuízo de valores tradicionais. A renovação se dá não só nos quadros do governo, com idade média menor em todos os tempos, como na própria representação política.
A troca nem sempre se faz na base de pai para filho, embora alguns casos sejam positivos como o do presidente da Assembleia André Ceciliano, que elegeu o filho, e Gustavo Tutuca, reeleito, filho do prefeito de Piraí. Tem gente nova também entrando com vontade de acertar.
O novo quadro político serviu para arquivar nomes que já deram o que tinham de dar, muitos perdendo seus espaços a contragosto, mas por imposição de erros e equívocos. Casos de Garotinho, Cesar Maia, que nem os filhos elegeram.
A nova geração está presente também na capital com o carismático secretário da Juventude, Salvino Oliveira, de 24 anos, oriundo da Cidade de Deus e com elogiada gestão nestes dois anos. A mocidade chegou à eleição majoritária com o vice-governador, Thiago Pampolha, que é deputado estadual – o mais jovem quando eleito. Aliás, o próprio governador Cláudio Castro é o mais jovem a ocupar o cargo depois da fusão dos estados da Guanabara e Rio de Janeiro. Antes apenas e por pouco, Roberto Silveira, eleito em 1962.
Petrópolis mesmo teve por bons meses no jovem vereador Hingo Hammes, um eficiente gestor. Exerceu o mandato com eficiência e austeridade.
A nova geração é realizadora, também na livre empresa, onde a troca de guarda se dá com sucesso. Caso emblemático em Itaipava é o de Ary Ventura, que soube formar os filhos Fabio e Felipe na universidade do trabalho, e hoje se constitui em grande empresa no setor da alimentação de alto nível e importação de vinhos. No comércio da região está entre os grandes empregadores.
Procurar gente nova pode ser uma maneira hábil de Lula se livrar de uma velha guarda comprometedora como a do PT.
Publicado em: Diário de Petropolis 13/11/22