Caso a prioridade nacional passe a ser mesmo o desenvolvimento, o emprego e a busca de melhor nível de produtividade e absorção de novas tecnologias, o governo tem uma opção de baixo custo e muita atração junto ao mercado internacional.
Basta lançar um modelo desburocratizado de Zonas de Processamento de Exportações (ZPE), ampliar a Zona Franca de Manaus e criar áreas de livre circulação de mercadorias em regiões de fronteira.
O ministro José Hugo Castelo Branco, da Indústria e do Comércio no governo José Sarney, chegou perto desse avanço, que é atual mais de um quarto de século depois. Mas forças do atraso ligadas a uma facção empresarial que prefere viver à sombra de proteção e teme competir com novas tecnologias, novos produtos e mais qualidade conseguiram barrar o conjunto de ideias da abertura à competitividade durante a Constituinte, que sofreu forte influência das esquerdas, tradicionais aliadas dos produtores que fizeram do “ nacionalismo” um meio de vida.
Era a segunda vez que o Brasil perdia uma oportunidade de se projetar. A primeira foi quando as mesmas forças impediram o projeto de Roberto Campos, no governo do presidente Castelo Branco, que teria feito do Brasil um poderoso tigre, nos anos 1960, época em que apenas Taiwan ocupava este espaço, que veio a ganhar projeção em toda a Ásia posteriormente. Nossos sempre desatentos radicais de esquerda condenavam projetos aqui que vieram a ser consagrados na China pós-Mao, mas sempre comunista e totalitária como eles gostam. Hoje, temos menos condições de atrair indústrias do que o Vietnã, por exemplo.
Agora, o presidente Temer terá a oportunidade de resgatar essas ideias modernizadoras e de fácil implementação, colaborando com a corrida pela salvação de nossa economia e da oferta de bons empregos. Para o que será necessário um intenso programa para a mão de obra. Nunca é tarde para se aproveitar boas ideias. As propostas de Moreira Franco são corretas, dependendo da vontade e da força política para se tornarem realidade, pois seguem a linha das privatizações e concessões, com realismo..
Nesse pacote de muita coragem e pouca presença do Estado, precisa-se de medidas geradoras de empregos, como maior abertura para o jogo, bingos e cassinos, que responderiam em menos de seis meses com mais de cem mil empregos. É necessário também afastar a quantidade de impostos que temos e a legislação trabalhista que só protege o emprego de quem está empregado, inibindo a criação de novos postos de trabalho.
Não existe resposta do mercado sem uma firme determinação de acolher bem o empreendedor, aceitar o lucro, vencer a burocracia.
Enfim um ambiente acolhedor ao investidor!