A nossa Cidade Imperial tem muitas e ricas tradições na vida brasileira. Seu criador, o Imperador Pedro II foi sempre ligado aos judeus, falando, lendo e escrevendo em hebraico. Teve, entre os seus amigos, muitos judeus, no Brasil como na Europa, onde o grão-rabino de Avignon, na França, Mossé, era seu frequente interlocutor até o fim de seus dias. Quando criou a Ordem da Rosa, a mais importante do Império, concedeu logo a honraria ao coronel Francisco Cohn, israelita. Os primeiros judeus de Petrópolis vieram ainda em seu reinado. Mas a maior chegada foi mesmo depois da Primeira Guerra e antes da II. Mais de cem famílias chegaram a compor a comunidade israelita da cidade.
Hoje, o município tem inúmeras entidades israelitas, além da Sinagoga, escola, o centro de reuniões, a Casa de Stefan Zweig, como bem retratam interessantes trabalhos publicados por Rachel Stoynoff e Luiz Benyosef. Doação do casal Hilda e Manache Krsepick, tem uma colônia de férias, que foi sustentada pelos irmãos Armando e Daniel Klabin, referências maiores da comunidade, tendo o pai, Wolf, vivido na sua bela propriedade na região de Araras, que adquiriu do economista Eugênio Gudin.
Embora tenha recebido inicialmente sefarditas que vieram com D. João VI, os judeus da Rússia, Polônia, Romênia e Hungria foram mais frequentes pela opção do clima. O primeiro a chegar foi o veterinário David Gutmann, seguindo de outros ilustres, como o banqueiro Albert Landsberg e o fundador da cervejaria Brahma, Georg Maschke, com duas filhas já nascidas na cidade, no final do século IXX.
Levantar a presença na vida empresarial, profissional, cultural da cidade desta rica comunidade seria mais um atrativo para local, incluindo nas casas ainda existentes uma referência à moradia do pioneiro.
Além das cem famílias referidas, muitos israelitas brasileiros de referência têm optado pelo município como segunda residência, como é o caso do executivo Henrique Rzezinski e sua mulher, Liana e Bebel e Daniel Klabin e Rosa, viúva de Armando, entre outros.
Petrópolis tem muito a mostrar aos brasileiros e aos estrangeiros que nos visitam, além do clima, arquitetura preservada, gastronomia e cultura, como Museu Imperial, Casa de Cláudio de Souza, Casa Santos Dumont, a Catedral e outros. Vale ser pensado.
SOS ITAIPAVA: A Ponte 31 de Março, que liga o km58 da BR a União Indústria pode cair a qualquer momento. As carretas que não podem passar por ali entretanto são dezenas por dia , certamente como rota de fuga do pedágio muitas optam por Pedro do Rio onde a ponte chega a tremer. Polícia Rodoviária e Guarda Civil omissa
Publicado em : Diário de Petrópolis 03-04-22