Tive o privilégio de na minha mocidade ter privado de um dos mais nobres salões do que existia de melhor no Rio de Janeiro. Era a casa da mãe de meu amigo Luiz Carlos Antony, D. Blanca Bouças, uma amazonense apaixonada e que nunca perdeu seus vínculos com Manaus e a sua sociedade.
Assim, muito jovem, estive em Manaus com meu amigo, arquiteto e fundador da Amazon Lar, a primeira sociedade de crédito imobiliário do norte do Brasil. Logo depois, vi chegar ao governo do Estado um eminente brasileiro e ilustre amazonense, o professor Arthur Cesar Ferreira Reis, professor da PUC no Rio e estudioso de sua terra, amigo de meu avô que eu já conhecia.
Mas o destino tinha sempre um encontro com o Estado emblemático da nacionalidade e sua linda capital. Em 1980, fui trabalhar com o ministro César Cals, cearense com paixão pelo Amazonas, onde chegou a empreender. A Usina de Balbina foi uma luta sua, sob o fogo cruzado dos que não sabiam que a energia mais cara e mais poluente era a escuridão e a pobreza. E um entusiasta da Zona Franca, instituída pelo presidente Castelo Branco e que fez de Manaus a capital próspera de nossos dias.
Acompanhando com interesse a vida manauara, integrante do setor elétrico brasileiro, em 1996, eu me incorporei a equipe de um nordestino convertido a amazonense, José Antônio Muniz Lopes, na Eletronorte e na Manaus Energia, a cujos Conselhos de Administração pertenci por cinco anos, frequentando mensalmente a capital e participando dos esforços para sua independência energética. Não perdia a oportunidade de apreciar a cozinha imperdível de Charufe Nasser, personalidade da cidade de vida nacional e internacional.
Já me ligavam laços de estima e admiração por vultos da cidade, como o notável Bernardo Cabral, o dedicado médico e escritor, parlamentar Claudio Chaves, o entusiasmado prefeito Arthur Virgílio Neto, o presente deputado Pauderney Avelino.
Por fim, mas não menos importante, a oportunidade de escrever na sua mais tradicional publicação, identificada com o estado e seu progresso, que é o nosso Jornal do Commercio, fundado por um benfeitor da terra.
O que dizer mais de minha ligação com Manaus, senão agradecer a Deus a ter tido em minha vida.